Se a partida contra o Botafogo causou calafrios no torcedor do Cruzeiro por conta do péssimo rendimento do time, justamente quando se esperava uma atuação em alto nível por conta da vitória por 3 a 0 no clássico, o torcedor pode tirar ao menos um fato positivo. Pelo segundo jogo seguido, a defesa celeste, que vinha sendo uma verdadeira peneira antes da parada para a Copa América, passou zerada mais uma vez.
Destaca-se nas duas partidas, a importância da recuperação dos defensores no jogo aéreo, com Dedé sendo uma das grandes armas. Contra o Atlético, o time desarmou em 17 oportunidades, mas já notou-se uma relaxada contra o Botafogo, com apenas nove desarmes certos contra 14 do Botafogo. Apesar disso, mesmo com uma esquema de jogo voltado à velocidade e, por vezes, com muitos jogadores atacando em bloco, é possível ver que a recomposição tem sido efetiva para auxiliar os homens de trás.
Não sofrer gols, ainda mais contra o Atlético na próxima quarta-feira, no Independência, é a chave para garantir à vaga em mais uma semifinal de Copa do Brasil.
"Temos trabalhado bastante, com toda a equipe para que a gente consiga esse equilíbrio tático, esse equilíbrio defensivo, porque a gente que a responsabilidade não recai apenas nos dois zagueiros, mas na compactação de toda a equipe, os dois laterais, a movimentação, esse preenchimento dos meias, a marcação começa lá na frente, isso favorece a gente bastante. Estamos treinando, buscando cada vez mais aperfeiçoar e quem sabe a gente consiga evoluir nesse equilíbrio defensivo que é importante para todo mundo", disse o zagueiro Léo.
"A padronização dessa marcação ofensiva quando os meias conseguem recompor, e a questão da padronização de formas de defender, da compactação da linha de quatro, dos dois volantes que nos ajudam bastante, estamos buscando ajustar nos treinamentos", completou o defensor celeste.
Na temporada, o Cruzeiro já foi às redes em 62 oportunidades e sofreu 30 gols, 16 deles no Campeonato Brasileiro.