O Cruzeiro teve que refazer a operação para exclusão de membros do Conselho Deliberativo que estiveram ligados à gestão de Wagner Pires de Sá entre 2018 e 2019. Isso porque a ação movida pelo ex-mandatário do clube, Dalai Rocha, desrespeitou o que dizia o estatuto, conforme apuração do Super.FC.

O atual presidente cruzeirense, Sérgio Santos Rodrigues, e o departamento jurídico refizeram as etapas necessárias a fim de retirar os nomes que se uniram à administração passada.

O processo certo exige alguns protocolos, de acordo com a apuração da reportagem. O Estatuto diz que é necessário montar uma comissão de ética, responsável por julgar ações de membros do Conselho Deliberativo, e uma comissão disciplinar, designada para o julgamento de associados.

Cada comissão se responsibilizaria por um julgamento específico. Os grupos foram montados há algumas semanas e, agora, estão trabalhando nas exclusões dos conselheiros e sócios do clube.

A 29ª Vara Cível de Belo Horizonte decidiu de forma definitiva pela anulação da exclusão do grupo de conselheiros. O juiz José Maurício Cantarino Villela foi o responsável pela decisão, escrevendo: "Julgo procedente o pedido contido na petição inicial, tornando definitiva a tutela de urgência cautelar deferida nos autos, para declarar a nulidade do ato/decisão que decretou a perda do mandato dos autores".

Seis dos dez responsáveis por mover a ação contra a exclusão conduzida por Dalai Rocha seguem como conselheiros natos: Fernando José de Souza, Hudson Barbosa de Moura, Jorge Washington Ferreira, Paulo Roberto Lopes Soares, Ronaldo de Assis Carvalho e Wilmer Zaratini Mendes.

Edson Nego Brandão, Fernando Ribeiro de Morais, Paulo Henrique de Mello Franco Peluso e Sérgio Nonato eram conselheiros efetivos do clube, mas deixaram os seus respectivos cargos na sequência.