Durou 47 dias a era Rogério Ceni no Cruzeiro. O estopim foi a interferência de estrelas do elenco celeste, pedindo a escalação de Thiago Neves no time titular, após o empate em 0 a 0 com o Ceará, em Fortaleza, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Os números de Rogério Ceni no comando do Cruzeiro também corroboram para a demissão. Apesar da grande vitória na estreia, sobre o Santos, o treinador vem de uma sequência de cinco jogos sem vencer.
Nos oito jogos sob o comando do Cruzeiro, Ceni venceu dois (Santos e Vasco), empatou dois (CSA e Ceará) e perdeu quarto jogos (Internacional, Grêmio, Palmeiras e Flamengo).
O Cruzeiro está na 16ª colocação do Brasileirão, no entanto ainda pode ser superado por Avaí, Fluminense e CSA nesta quinta-feira.
Dia tenso
A quinta-feira (26) começou com uma bomba, com a revelação de que Dedé pediu, após empate com o Ceará, para que Ceni não preterisse mais Thiago Neves do time titular.
Ceni não gostou e deixou o vestiário com poucas palavras e antes de qualquer jogador do elenco. Ali, ficou escancarado que o treinador dificilmente continuaria.
Voo melancólico
Já no voo de volta de Fortaleza para Belo Horizonte, os diretores do Cruzeiro davam como certa a demissão de Ceni, que conversou com poucas pessoas durante o trajeto.
Na chegada a BH, Ceni ganhou apoio da torcida do Cruzeiro, que cantou o seu nome e vaiou Thiago Neves, mas a decisão já estava tomada.
Novo nome
O nome que mais agrada a diretoria do Cruzeiro é de Dorival Júnior, que não comanda um time desde o fim de 2018, quando deixou o Flamengo. Ele, no entanto, enfrenta problema de saúde na família e pode rechaçar a oferta.
A diretoria celeste, no entanto, quer anunciar um nome que possa estar em campo já na segunda-feira, contra o Goiás, pela 22ª rodada, em Goiânia. A partida é tida como muito importante para as pretensões da Raposa.