A mensagem foi clara. Rogério Ceni quer promover mudanças drásticas no conceito de jogo do Cruzeiro. Alterações que podem tirar medalhões do clube da zona de conforto. Uma estabilidade alcançada por esses personagens com Mano Menezes, mas que nesse momento de instabilidade, dentro e fora de campo, tornam-se objeto de contestação por parte dos torcedores.
“Talvez a maior mudança, mais drástica, é na maneira de jogar, porque só uma mudança de atitude e de mentalidade de jogo é que pode fazer o Cruzeiro sair desse momento dessa situação”, disse o treinador, em sua entrevista coletiva logo após a goleada para o Tricolor Gaúcho.
Dentre os principais questionamentos, o condicionamento físico de figuras como o camisa 10 Thiago Neves, o lateral-direito Edílson e o meia Robinho figuram como pontos de interrogação.
Edílson, por exemplo, não esteve em campo na derrota sofrida para o Internacional por 3 a 0, tendo que ver do banco de reservas a atuação do volante Jadson improvisado no setor. Retornou no domingo justamente saindo do banco para substituir Thiago Neves. Quando da não presença de Edílson diante dos Colorados, Ceni justificou que o próprio atleta colocou em xeque a parte física. E o comandante recordou o tema recuperação de atletas também após o tropeço acachapante para o Grêmio, no Independência.
“Se preciso for fazer uma intertemporada dentro do campeonato com 20 rodadas para jogar, para recuperar alguns jogadores na parte física, para colocar um time mais forte em campo fisicamente, nós temos que fazer. Se eu for o treinador, nós temos que fazer”, salientou.
Para alguns, a declaração foi interpretada como uma espécie de afastamento de atletas. Rumores de que Thiago Neves havia sido barrado surgiram. Mas a diretoria do Cruzeiro, por meio de seu departamento de comunicação, excluiu a possibilidade. O camisa 10 é visto como uma das lideranças do elenco e também sempre esteve alinhado ao pensamento de diretores celestes, que fizeram de tudo para manter o atleta.
O Cruzeiro se reapresenta hoje, no período da tarde, com a expectativa para saber qual será o comportamento do grupo de atletas e o que Ceni pretende fazer com o time. O respaldo da diretoria o comandante possui, com sua permanência no cargo sendo completamente assegurada. O Cruzeiro só volta a campo no sábado, quando encara o Palmeiras de Mano