Copa do Brasil

Cruzeiro x Galo: um clássico pilhado por variáveis nunca antes vistas

Rivais voltam a se enfrentar pela mata-mata nacional em situações bem diferentes dos elementos já tradicionais

Por Thiago Nogueira
Publicado em 11 de julho de 2019 | 06:00
 
 
 
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Em clássico, tudo pode acontecer. Mas o embate desta quinta-feira, às 20h, no Mineirão, reúne uma certa quantidade de variáveis nunca antes vistas no confronto entre Cruzeiro e Atlético. São elementos dentro e fora de campo, que remetem a decisões passadas e apimentam a discussão entre os maiores do Estado.

Esportivamente, está em jogo uma vaga na semifinal da Copa do Brasil – nesta noite, será realizada apenas a primeira metade do duelo de quartas de final. A volta será no Horto, na próxima quarta, dia 17. Em tese, o encontro de agora se configura menos importante do que aquela histórica finalíssima de 2014. Mas veja que as implicações da mais importante decisão nacional disputada entre os rivais segue provocando seus reflexos.

Se o Atlético ganhou a final das finais, o Cruzeiro ganhou outras duas Copas depois. Se a Raposa põe em prova a revanche nesta noite, o Galo tem a obrigação de levantar mais um título, já que a equipe estrelada reúne seis do mesmo quilate em sua galeria.

Do ponto de vista técnico, o embate de hoje também ganha interrogações sobre como os times retornarão de uma pausa de um mês por conta da Copa América. A equipe de Mano Menezes, técnico mais longevo no cargo no país – há três anos no clube –, não vence há nove partidas, o maior jejum do treinador.

Do lado alvinegro, o ex-interino Rodrigo Santana, recém-efetivado, tem apenas 17 jogos no currículo, mas já mostrou que deu um padrão ao time após a demissão de Levir Culpi, acumulando sucessos nos mata-matas.

Há poucos meses, esse Galo era eliminado precocemente na primeira fase da Copa Libertadores e via seu rival gritar “é campeão” em pleno Independência no Estadual. O que parecia errado passou a dar certo por linhas tortas.

Com uma política enxuta de gastos, a atual gestão alvinegra passa agora a pensar em resultados práticos. E esse time azul, que passou 22 partidas invictas na temporada, teve a segunda melhor campanha no principal torneio continental, desaprendeu? 

Longe das quatro linhas, o momento celeste é preocupante e delicado devidos às investigações de membros da atual diretoria. Dois dias atrás, a Polícia Civil entrava pelas sedes e casas de dirigentes em busca de documentos. 

Se isso vai ter reflexos em campo, os cruzeirenses garantem que não. No Campeonato Brasileiro, a colocação na zona de rebaixamento já serve de alerta. Em um cenário de crise do rival, o oponente poderia se aproveitar, algo que a história mostra que nem sempre é assim.

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