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Retorno do Campeonato Mineiro divide opiniões entre clubes do interior

Quatro dirigentes opinaram sobre o futuro da competição e demonstraram pensamentos diferentes

Por Lohanna Lima
Publicado em 30 de abril de 2020 | 15:09
 
 
 
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A incerteza sobre o futuro do Campeonato Mineiro tem feito com que dirigentes dos clubes e da Federação Mineira de Futebol (FMF) tentem apontar algumas soluções para resolver a questão. Na última semana, o gestor técnico do Coimbra, Hissa Elias Moisés, sugeriu o término da competição sem um campeão e sem rebaixados, em entrevista ao SuperF.C. A ideia agradou alguns dirigentes, mas não todos, o que mostra que uma resolução para o término ou não da disputa vai gerar algumas divergências. 

Em contato com dirigentes de Uberlândia, Villa Nova e Patrocinense, as opiniões sobre o futuro da competição foram um pouco diferentes. O diretor de futebol do Villa Nova, Luizinho, compartilha da opinião de Hissa Elias Moisés. "Não vemos outra saída que não seja o término do campeonato do jeito que está. Sem uma ajuda da FMF, não vejo como os clubes retornarem à disputa. Teria de haver um movimento muito muito grande da fderação", pontuou o dirigente do Leão do Bonfim. 

O pensamento do Patrocinense é parecido, mas com algumas ressalvas. Em contato com a reportagem, Marco Antônio da Silva, presidente do do clube, revelou que é favor do que for melhor para todos os clubes, mas que algumas questões precisam estar alinhadas.

"Em alguns casos, os patrocinadores já haviam feito o pagamento integral dos contratos. Sou a favor do que for melhor para todos os clubes. Se quiserem encerrar assim, por mim, tudo bem. Mas temos que conversar com os patrocinadores para saber se não haverá alguma exigência em relação ao término da competição. Estamos apalavrados com cerca de sete jogadores do elenco e estamos mantendo contato com o Atlético, que se prontificou  a emprestar jogadores sem custos. Se tiver que terminar a competição, daremos um jeito de formar a equipe", ponderou. 

Até o fechamento dessa matéria, Cladense, URT e Tupynambás não haviam retornado o contato da reportagem. 

 

Posição contrária

Ao contrário dos demais, o Uberlândia quer terminar o Campeonato Mineiro. O presidente do clube, Flávio Gomide, ressaltou a importância de que o torneio não fique em aberto após as recomendações dos órgãos de saúde. 

"Temos que lutar para o campeonato voltar até o mês de maio, com portões fechados, pois temos contratos a cumprir. Defendemos a tese de que o Troféu Inconfidência também seja realizado, já que pode haver a semifinal e a final para os quatro primeiros. Mesmo na crise, nos preparamos para isso.  Será pior se o campeão não terminar. Fizemos um acordo coletivo com todos os jogadores, homologado na justiça do trabalho. Os contratos estão suspensos para que eles possam voltar a trabalhar depois. Blindamos a situação com a nossa equipe jurídica e todos assinaram", analisou.  

A FMF segue pensando em medidas para retomar a disputa sem riscos à saúde dos profissionais envolvidos. Nesta quinta-feira (30), o presidente da entidade, Adriano Aro, tem uma reunião marcada com o governador Romeu Zema na qual vão falar sobre a preparação da federação e dos clubes para o retorno do futebol no estado, com base nas orientações do Centro de Operações de Emergências em Saúde (Coes). 

 

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