Rogério Caboclo promete ao governo trocar Tite por Renato Gaúcho, diz jornalista

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, teria prometido ao governo federal substituir o técnico Tite. A informação foi divulgada pelo jornalista André Rizek, do site Globoesporte. Segundo ele, o novo treinador do Brasil seria Renato Gaúcho, que deixou o Grêmio no início do ano.

Tite e os jogadores da seleção passaram a ser criticados nas redes sociais por apoiadores do governo federal por causa da realização da Copa América no Brasil, já que Argentina e Colômbia desistiram de sediar a competição. Comissão e atletas não estão muito propensos a jogarem o torneio por causa da situação da pandemia, entre outros motivos.

Conforme divulgou Rizek, o governo federal recebeu uma mensagem de Caboclo que, no depender do dirigente, Renato Gaúcho, que é apoiador do governo federal, vai substituir Tite a partir de terça (8). Neste dia, o Brasil enfrenta o Paraguai pelas Eliminatórias. Com Renato no comando, o governo acredita que pode reverter um pouco as opiniões contrárias à realização do torneio. 

Além da questão da Copa América, cujo Tite e alguns jogadores, como Casemiro, se mostraram desconfortáveis em disputar o torneio, o presidente da CBF usaria o motivo de que é necessário jogar a competição para preparar melhor o time para a Copa do Mundo do Catar, em 2022, e, por isso, tem que jogar a Copa América.

Segundo a CBF, Caboclo nega qualquer interferência para mudar o comando da seleção brasileira. 

Outro ponto que Caboclo quer mostrar é que, ao decidir pela mudança, ele deixa claro que ainda manda na confederação, segundo o jornalista. Isso em um momento em que ele também tem que se preocupar com outra questão, pois foi acusado por uma funcionária da CBF de assédio sexual e se vê no meio de um escândalo que pode custar o seu cargo. Ele nega a acusação, mas outros dirigentes da CBF apoiam o afastamento de Caboclo, que está isolado.

O Palácio do Planto foi o grande incentivador para a realização da Copa América no Brasil. Após recusas da Argentina e Colômbia, a Conmebol pediu ajuda à CBF, que entrou em contato com o governo federal para ajudar a viabilizar a competição, e assim o fez.