As várias portas que o mundo da bola coloca na carreira de jogadores, principalmente os de clubes pequenos, fazem o pensamento em desistir da carreira ser recorrente em alguns momentos. Com 21 anos, o centroavante Tevez, da Caldense, não teve vida fácil, apesar do nome ser o mesmo do craque argentino, que jogou no Boca Juniors, Corinthians e Manchester City.
O gol marcado contra o Palmas, no último sábado, pela série D, foi o grande momento da trajetória do jovem, nascido em uma favela paulista e premiado por muita insistência. Depois de surgir no futebol amador de Campinas, ele começou a luta para ter uma chance em time profissional.
"Vim da favela, não tinha muitas oportunidades. Cheguei a jogar na Itapirense (SP) entre 2016 e 2017, mas não deu muito certo. Sempre mantive a fé em Deus, rezava todas as noites para ter uma chance. Agora abriram as portas para mim na Caldense”, agradece. A Veterana ainda briga por vaga na segunda fase da Série D, a três pontos do G-4.
QI e foi pro jogo
Foi com ajuda de um contato que Tevez teve a chance de fazer um teste, em agosto, e convencer o técnico Marcus Paulo Grippi. Cristiano, um amigo em comum, conhecia o treinador e preparador de goleiros Vhenycius Zarpelão.
Algumas ausências no elenco ajudaram na oportunidade recebida. Logo depois que seu nome foi publicado no BID, Tevez foi relacionado entre os titulares, correspondendo na sua estreia. Depois do gol, ele seguiu levando perigo à meta adversária, inclusive com bola na trave.
“Tenho que agradecer muitos aos que acreditaram em mim e minha mãe que sempre batalhou por mim, orou e deu forças. Cheguei até a chorar em alguns momentos, sozinho no quarto, quando enfrentei momentos de dificuldades. Mas esta noite estou grato em fazer um golaço e por ter ajudado a equipe”, declara.