Ingressos esgotados. Promessa de casa cheia. Mineirão lotado. Fatos que poderiam sobrepor ao momento difícil em que os rivais atravessam em suas histórias. Atlético e Cruzeiro entram em campo com as dores de serem que são no momento.
Ao contrário dos últimos anos, quando o outro lado era o principal inimigo, os dois principais clubes de Minas Gerais buscam o quanto antes afastar seus próprios demônios. Vencerá neste sábado, a partir das 19h (de Brasília), quem mais conseguir exorcizar seus fantasmas.
A pressão está no ar. É palpável. Pode ser vista nos semblantes de jogadores de Atlético e Cruzeiro, que colecionam mau futebol na temporada e desconfiança por parte dos torcedores. Além disso, o encontro, que pode ser o único na temporada, deve significar a morte do perdedor na competição.
Gozações podem saciar momentaneamente a satisfação do atleticano, que teme ficar de fora do grupo dos quatro que se classificam às semifinais - atualmente, o time é quinto colocado e precisa vencer para entrar na zona de classficação.
A Raposa teme uma derrota nem tanto por conta da rivalidade, mesmo reconhecendo que perder clássico é sempre ruim. Significará a ultrapassagem do rival na tabela e a saída do G-4, faltando três rodadas para o término da primeira fase.
Dono do mando de campo, o Galo terá o Gigante da Pampulha como aliado, já que os torcedores alvinegro não querem perder a chance de esfregar a dura realidade da inédita Série B na cara dos cruzeirenses, que serão apenas 10% das cadeiras do estádio.
A situação celeste era um dos únicos motivos de satisfação para o atleticano na temporada, na qual já se despediu da Sul-Americana e Copa do Brasil precocemente. Mas a chegada do técnico argentino Jorge Sampaoli parece dar esperança de dias melhores na Cidade do Galo.
Ao Cruzeiro, o assolamento financeiro de 2019 é como um rolo compressor às pretensões do cruzeirense ver um time mais qualificado em campo. Com um time recheado de garotos, alguns desconhecidos até para a China Azul, resta ao torcedor se apegar aos já tradicionais pilares da equipe como o goleiro que ficou e o atacante que voltou.