Futebol Americano

Mineiro, Ítalo Mingoni assume hoje, a presidência da CBFA

Neste domingo (31) será realizada uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para a eleição do novo presidente e vice da entidade

Por Felippe Drummond Neto
Publicado em 31 de março de 2019 | 07:10
 
 
 
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Não é segredo para ninguém que Minas Gerais é há alguns anos o principal pólo no Brasil quando o assunto é futebol Americano. E, a partir de hoje, o estado também passará a ser a ‘sede’ da Confederação Brasileira de Futebol Americano (CBFA). 

Isso acontece, porque neste domingo (31) será realizada uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para a eleição do novo presidente e vice, da entidade responsável pela modalidade em território nacional, mas como apenas uma chapa “Nova CBFA”, encabeçada por Ítalo Mingoni e Lucas David se inscreveu para o pleito, ela será automaticamente eleita. 

Atualmente Italo Mingoni desempenhava o cargo de General Manager do America Locomotiva, mas também já passou pelos times Brasília V8, em 2014, e Juiz de Fora Imperadores, em 2017. Ele também lançou, em 2017 um software com base de dados de todos os atletas federados de futebol americano do Brasil, o FA Manager. 

A reportagem do Super FC conversou com Ítalo sobre essa nova empreitada em sua carreira. 

Você é um cara que está no FA desde os primórdios, mas sempre no campo e trabalhando diretamente com o jogo. Como você chegou a decisão de se candidatar para o cargo de presidente da CBFA e quais os motivos que te levaram a isso?É um misto de aspiração e inevitabilidade. Eu sou muito propenso a área de gestão desportiva. É onde eu estou buscando minha especialização academicamente e de onde surge a intenção. Desde que iniciei minha jornada de apronfundar os meus conhecimentos no âmbito gerencial busco uma aproximação com a confederação. Quando houve a renúnica da última gestão e o hiato ecoou pela comunidade, senti que era o meu momento de contribuir com o futebol americano em abrangência nacional. 

Infelizmente, o atual cenário da entidade é muito pouco atrativo para que gestores dediquem do seu tempo integralmente, como demanda o cargo e a instituição. Foi uma decisão difícil me abidicar de projetos pessoais, onde eu tinha segurança e projeção, para assumir um risco enorme perante a confederação. O meu amor pelo futebol americano foi de fato o maior combustível que me direcionou a esse cenário. A junção de três fatores de disponibilidade, disposição e competência permitirão uma gestão dedicada integralmente ao esporte e à entidade.

Como você espera ajudar o FABR ao assumir o comando da CBFA?
Não existe outro caminho do que escutar os anseios do mercado. É preciso colocar os meus desejos de lado e entender o que a comunidade clama, estruturando as iniciativas para alcançar essas ambições. Foi desenvolvido um planejamento estratégico que nos dá diretrizes de tomada de decisão no que o mercado nos mostra hoje. Como sou um stakeholders envolvido, na forma de diversos agentes distintos, fica mais fácil compreender essas necessidades e criar planos de ações para atingir o sucesso esportivo.

Há hoje uma crescente no esporte para que ele em breve deixe o amadorismo e passe a ser tratado como profissional, como ajudar nisso e como não criar mais problemas que solução nesse aspecto?
É um processo de educação do mercado. A cada passo consistente rumo a profissionalização é uma renúncia ao caráter amador intríseco à modalidade hoje. É muito legal saber que a comunidade deseja ser profissional, mas tudo isso tem um custo e precisa ser inicialmente incentivado e posteriormente regulamentado. Criar diretrizes de conformidade, estipular prazos e solicitar que estejam aptas. 

Para que a jornada rumo à profissionalização seja contínua e sustentável, não podemos dar um passo maior do que a própria perna. É preciso ter responsabilidade corporativa e analisar o que é plausível e cadenciar o ritmo de desenvolvimento. Não adianta pular etapas no processo. O caminho precisa ser claro e objetivo e as decisões tomadas durante o trajeto transparentes e com propósito.

O que acontece em MG perante o FABR? Nos últimos quatro anos, nos tornamos o epicentro da modalidade, e tudo está acontecendo aqui, porque você acha que isso ocorre?
Minas Gerais de fato se tornou um pólo pontência para a modalidade. Eu encaro como uma via de três mãos. A primeira foi a tendência de profissionalização da Federação Mineira, inicialmente executada na gestão do Abraão Coelho e por conseguinte com o Giuliano Grotto. O segundo momento foi a concepção do projeto do Eagles, que chegou bem acelerado e naturalmente nivela por cima o ritmo de expansão. Por fim, prestadores de serviços e fornecedores de produtos da região que se tornara referências para os demais stakeholders do país. A vinda da Confederação para Belo Horizonte é somente um processo natural, entretanto, não é um movimento que ocorre exclusivamente devido a esses fatores supracitados.

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