Onde será a final da Libertadores? Veja soluções pensadas pela Conmebol

Pelo segundo ano seguido, a grande final da Libertadores pode ter que mudar de sede. Em 2018, o duelo entre Boca Juniors e River Plate foi disputado no Santiago Bernabéu, na Espanha, em virtude do apedrejamento do ônibus xeneize horas antes da finalíssima. Agora, o caos político no Chile pode obrigar a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) a rever sua ideia de disputar a decisão em jogo único, que a princípio estava marcado para ser realizado no dia 23 de novembro, no estádio Nacional, em Santiago, entre Flamengo e River Plate.

Não à toa, a Conmebol pediu na última terça-feira (29) uma reunião com o presidente do Chile, Sebastián Piñera, sobre "os preparativos" para a decisão. No encontro, que deverá ocorrer ainda na tarde desta quarta-feira, a entidade que rege o futebol no continente deverá tratar do clima de tensão que toma conta do país. 

Há o temor que os andinos não consigam oferecer segurança às delegações, torcedores e patrocinadores. Por isso, o órgão já pensa em algumas soluções caso o Chile não consiga sediar a final da competição. 

Conforme publicado com exclusividade pelo Super.FC na última segunda-feira (28), caso a decisão deste ano não ocorra no Chile, o duelo será disputado em Assunção, no Paraguai, em La Nueva Olla Azulgrana, o novo e moderno estádio do Cerro Porteño. Vale lembrar que esse será o mesmo palco do duelo decisivo da Copa Sul-americana, entre Colón-ARG e Independiente del Valle-EQU, em 9 de novembro.

Inclusive, o governo paraguaio já se ofereceu para receber a partida. Uma vez que o Paraguai também é o país sede da própria Conmebol, que fica em Luque, o caminho para os "guaranis" ficaria facilitado. Lima, no Peru, e Montevidéu, no Uruguai, estão na lista. Até mesmo uma final ida e volta não está descartada. Veja abaixo todas as soluções da entidade que rege o futebol sul-americano: 

Nueva Olla - Assunção, no Paraguai

Recém-reformado pelos próprios torcedores do Cerro Porteño, o Nueva Olla é uma das opções para receber a partida na capital paraguaia. Com capacidade para 45 mil torcedores, o local foi reinaugurado em 2017, após ter passado por uma reforma bancada pelos torcedores que custou apenas US$ 22 milhões (cerca de R$ 85 milhões).

Estadio Defensores Del Chaco - Assunção, no Paraguai

Principal estádio do Paraguai, o Defensores Del Chaco seria a principal opção para receber a partida entre Flamengo e River Plate, caso a Conmebol decida realizar a final no país onde também fica sua sede. Com uma capacidade para 42.354 torcedores, o estádio já recebeu inúmeras finais da competição continental, sendo a mais recente em 2013, entre Olímpia e Atlético.

Mais opções

Além do Paraguai, outras três opções também estão sobre 'a mesa' da entidade. A primeira delas é levar a final para o estádio Centenário, no Uruguai, o que facilitaria a mobilidade dos torcedores. Porém, pela proximidade de Montevidéu com a Argentina, há o temor de reclamações de facilidade para os hermanos.

Já o Peru também está em pauta, uma vez que a Conmebol já teve que lidar recentemente com a mudança de local da final da Copa Sul-Americana, que inicialmente estava prevista para Lima, e foi transferida para Assunção, no Paraguai. 

Final com jogos de ida e volta também é possível

Por fim, a última opção que a entidade que rege o futebol na América do Sul estuda é de adiar a final com jogo único para 2020 e marcar a decisão entre Flamengo e River com jogos de ida e volta, no Monumental de Nuñez e Maracanã, respectivamente.

Porém, apesar de ser a opção favorita da maioria dos torcedores, essa solução é tradada como a mais complicada pela Conmebol. Pesa contra essa decisão o fato de o River estar com uma punição pendente de realizar um jogo de portão fechado, que seria cumprido na primeira fase da próxima edição da Libertadores. Caso a entidade opte pela final em dois jogos neste ano, a punição precisaria ser cumprida.

Cúpulas canceladas

O temor da Conmebol aumentou ainda mais após Piñera confirmou, nesta quarta-feira, o cancelamento de dois encontros de chefes de estado, que ocorreriam no país em novembro e dezembro: o Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Apec) e a conferência do clima COP-25. 

"Nosso governo, com muito pesar, decidiu não realizar a cúpula da Apec em novembro, nem a cúpula da COP25. Sentimos e lamentamos profundamente os problemas e inconvenientes que essa decisão significará para a Apec e a COP", disse o presidente chileno.