Após quase seis meses em sua primeira experiência internacional, o líbero Serginho está de volta ao Brasil. O atleta estava no Black Volley, da República Tcheca, desde setembro do ano passado, mas rescindiu com o clube e está à disposição no mercado do voleibol. Acostumado com uma rotina dentro das quatro linhas, ele foi um dos espectadores da semifinal do Sul-Americano de vôlei na noite desta sexta (14), entre Sada Cruzeiro e EMS Taubaté Funvic, no ginásio do Riacho. 

“Tinha dois anos de contrato, mas decidimos em comum acordo rescindir. Fui com a minha família, que abriu mão de tudo aqui, mas não foi aquilo que esperávamos. Não que na República Tcheca seja ruim de jogar, mas pelas minhas experiências aqui, jogando no Sada principalmente, ficou muito aquém do que estava acostumado a viver. Optamos por voltar, pra estar em casa. Chegou uma hora que ficou cansativo. Profissionalmente, não estava mais proveitoso, não conseguia me motivar mais pro treino e pros jogos”, pontua ao Super FC.

O atleta defendeu a camisa do Cruzeiro por nove vitoriosas temporadas, com quem conquistou incríveis 34 títulos. Ele deixou o clube no ano passado. Assim que surgiu nas arquibancadas do Riacho, Serginho foi ovacionado pela torcida do Cruzeiro. Alguns, inclusive, já sabendo de sua vinda, exibiram faixas em tom de carinho ao atleta. “Você precisou buscar novas experiências e não tivemos tempo de nos despedir. Então hoje queremos mostrar que nunca vamos nos esquecer de você”, dizia uma delas.

“Estou muito feliz por estar aqui e regressar ao ginásio, principalmente com essa festa da torcida, que me pegou de surpresa. Minha mulher e meus pais foram cúmplices de tudo, e só eu não sabia. Fiquei feliz com a homenagem. Na verdade, parece que nunca fui embora. A sensação é que deixei isso aqui ontem e voltei hoje”, coloca.

Serginho começou no voleibol na equipe do Minas Tênis Clube. Mineiro de Belo Horizonte, o líbero teve duas passagens pelo clube minastenista, de 1993 a 1999 e de 2000 a 2010. No Cruzeiro, ficou de 2010 a 2019. Na carreira, soma 17 Campeonatos Mineiros, nove Superligas, sete Sul-Americanos e três Mundiais de Clubes. Ele é o maior campeão da história da Superliga Masculina de vôlei, pela qual foi escolhido nove vezes como o melhor atleta na recepção da competição.

“Oficialmente, estou de férias, aguardando o Carnaval. Estou aguardando um próximo contrato e a intenção é de jogar em clube de estrutura melhor, não importa onde”, completa.