Depois do Dentil Praia Clube vencer o Sesi Vôlei Bauru (SP), nesta sexta-feira, pela Superliga feminina, o Itambé Minas tinha a obrigação de, pelo menos, somar um ponto, contra o Sesc (RJ), no Rio de Janeiro, para sonhar com a liderança ao final da fase de classificação. Diante do time de Bernardinho, que estava uma posição atrás, seria preciso regularidade, eficiência e boa cabeça para suportar a pressão que viria das arquibancadas do ginásio do Tijuca Tênis Clube. Alternando altos e baixos, o Minas foi castigado com derrota por 3 a 1 (25/15, 22/25, 25/19 e 25/22) para dar adeus às chances de chegar à primeira posição. O Minas caiu para o terceiro lugar e agora já tem um novo objetivo. A oposta Tandara foi eleita a melhor jogadora em quadra. 

Na terça-feira, a equipe fecha o returno no clássico contra o Dentil Praia Clube para tentar retomar a vice-liderança, já que o time de Uberlândia não pode ser mais alcançado. Este será o oitavo confronto entre as duas equipes na atual temporada. O Minas vai depender de tropeço do Sesc diante do já eliminado Pinheiros (SP), em São Paulo.

Inconsistência no ataque e defesa

O Minas abusou dos erros e facilitou o trabalho do time do técnico Bernardinho. Além dos pontos de graça, muitos em saques, a recepção que não teve bom desempenho, deixou tudo mais complicado. A virada de bola do Minas mostrou-se comprometida a todo momento, sem a consistência para incomodar um adversário de peso como o Sesc. Do lado carioca, a oposta Tandara foi o grande nome, respondendo bem aos chamados na saída de rede. 

No primeiro set, o Minas não foi bem. Com atuação nervosa, a equipe foi presa fácil para as donas da casa, que foram agressivas desde o começo. O passe mineiro sofreu, dificultando o trabalho da levantadora Macris. Enquanto tentava se encontrar, o Minas via o Sesc ser preciso em suas ações para abrir diferenças como no 13 a 7 e 17 a 9.

O empate veio no segundo set em atuação mais equilibrada da equipe de BH. O primeiro ponto de bloqueio do Minas na partida veio somente quando a vantagem de 23 a 20 apareceu, mostrando a dificuldade para marcar o ataque carioca. 

O terceiro set teve o Minas voltando a mostrar irregularidade diante de um Sesc mais inteiro. A defesa era inconstante, forçando o técnico Nicola Negro a buscar alterações, sem sucesso, colocando Kasiely em quadra no lugar de Acosta e vice-versa. O 19 a 14 aberto pelas donas da casa deixou a missão mineira complicada de evitar o 2 a 1. Precisando vencer o quarto set para seguir com chances de pontuar na partida, o Minas sabia que precisava de uma melhor atuação. Apesar de um melhor rendimento, a equipe de BH não soube aproveitar os momentos favoráveis.

Conseguindo trocar pontos, um 16 a 13 foi aberto, antes de novos erros mineiros acontecerem. O Sesc foi pra cima, empatou e virou, contando com o apoio da torcida para fechar o jogo e chegar aos mesmos 54 pontos das adversárias. A última rodada promete pegar fogo para decidir quem ficará na segunda posição após 22 rodadas. 

Escalações:

Sesc: Fabíola, Tandara, Milka, Juciely, Amanda, Drussyla e Natinha. Entraram: Gabiru. Técnico: Bernardinho

Minas: Macris, Sheilla, Carol Gattaz, Thaisa, Acosta, Rabadzhieva e Léia. Entraram: Kasiely, Bruna Honório, Bruninha. Técnico: Nicola Negro

Arbitragem: Marcelo Ribeiro Leandro e Anésio Sousa Leão