As histórias de Filipe Ferraz e do Sada Cruzeiro se confundem. Na visão do treinador, o título do hepta da Superliga representa uma grande vitória dentro do projeto do time. Como jogador, foram 11 anos e 39 taças com a camisa celeste. E as conquistas continuaram acompanhando o técnico.

"Realmente muito emocionado por ter conseguido meu primeiro titulo, como treinador, da Superliga. Esse projeto que nasceu em Betim conquistou isso dentro de quadra, chegando em finais, nada com desespero, tudo pé no chão, degrau por degrau, então essa equipe está de parabéns", diz o comandante. 

Gradativamente, Ferraz conquistou Campeonato Mineiro, Supercopa, Sul-Americano, Mundial e, por fim, a Superliga.

O início da atual temporada foi marcado por desafios, tendo em vista as mudanças no time, mas esses obstáculos foram superados.

"O momento mais difícil foi quando tudo começou, na expectativa, todo mundo sem saber o que iria acontecer, Todo mundo colocando o time como uma reformulação, com a troca de atletas, a troca de gestão, mas acredito que a filosofia continua. O comprometimento e a dedicação desses caras fizeram a diferença. Dou todo crédito aos atletas", destaca. 

A ampla experiência dentro das quatro linhas foi usada pelo treinador para orientar jogadores como o ponteiro Rodriguinho. O amadurecimento do atleta sob o comando de Ferraz foi visivel e rendeu o troféu de melhor jogador da final.  

"Sempre que possivel a gente ficava conversando muito sobre a maturidade dele que iria acontecer e que ele precisava ter um pouco de paciência. O rodriguinho hoje é um dos melhores atletas do país, tem um vigor fisico impressionante e é um cara que não gosta de perder. Está de parabéns pela temporada que fez", diz.

Ferraz também teve papel importante na motivação do elenco para o último jogo da final. "Eu falei com eles que se jogassem 70% do que jogaram nos últimos jogos da semifinal a gente com certeza ganharia hoje, porque eles oscilaram muito nos dois primeiros jogos da final", revela.