Suporte fundamental

Grupo Sada não 'tira o pé' após acesso à Superliga B de times com seu apoio

Responsáveis pelo projeto querem mais, mesmo sabendo que é preciso dar um passo de cada vez com atletas que estão apenas começando suas carreiras

Por Daniel Ottoni
Publicado em 22 de novembro de 2021 | 05:15
 
 
 
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O sucesso do time adulto de vôlei masculino do Sada Cruzeiro é 'apenas' a ponta do iceberg de um projeto que vai além do alto rendimento, contemplando categorias de base e também a formação social de jovens valores. 

A expressão que diz que 'onde toca vira ouro' não é exagerada ao notar-se que iniciativas do projeto mostram resultados dentro e fora de quadra. As mais recentes estiveram presentes na Superliga C, com duas ações com relação direta da Sada conseguindo feitos inéditos e históricos.

Os dois times com apoio da transportadora conseguiram o acesso para a Superliga B, contando com jovens que superaram times adultos e mais experientes, ratificando um trabalho de anos, que teve em 2021 mais uma confirmação de que anda no caminho certo.

O Sada Tambasa Argos participou da edição feminina com um elenco sub-18 e a presença de duas atletas da categoria adulta, contratadas para dar um novo peso ao jovem elenco. A contratação do técnico Pedro Moska, que estava na Superliga A masculina, mostra a intenção de resultados a longo prazo, uma consciência que segue carente em território brasileiro, não só em clubes como dentro das seleções de base.

No masculino, parceria com o Praia Clube, de Uberlândia, fez com que 100% do elenco fosse cedido pela base celeste, que deu resultado diante de adversários de bom nível, que foram superados pelos representantes da nova geração. Alguns atletas já fazem parte do time adulto na Superliga A e foram cedidos para reforçar o grupo, caso dos centrais Guilherme Rech e Pietro. 

"Queremos fazer a transição dos jovens. Orientá-los e guiá-los rumo à carreira adulta, com estrutura adequada, treinamentos e jogos para crescerem.  O Brasil tem amargado resultados horríveis na base por falta de um projeto sólido que os permita fazer esta transição de forma adequada", pontua Flávio Pereira, diretor esportivo do Sada Cruzeiro. 

Querendo mais

As classificações para a segunda divisão não fazem os responsáveis se sentirem satisfeitos. O desejo de querer mais parece estar no DNA de todas as fases do projeto. 

"No time feminino, vamos dar oportunidade para as meninas crescerem e mostrarem que podem ser profissionais. Precisamos de mais jogadoras porque a Superliga B precisa de treinamentos em dois períodos e uma melhor estrutura. Não vamos abrir mão de dar oportunidade para as meninas crescerem. No caso da equipe masculina, precisamos urgentemente de um treinador que tenha o perfil de formação do Sada Cruzeiro e talvez de mais um central", informa o diretor. 

Ao mesmo tempo em que os resultados dentro de quadra são necessários e importantes, Flávio sabe que o primordial é que todos se sintam bem e acolhidos para desempenhar o seu melhor, sabendo que estão fazendo parte de um período de transição, com erros e acertos sendo fundamentais para todos os lados. 

"O maior objetivo é que todos se divirtam, que tenham oportunidades de crescerem e jogarem mais partidas de alto nível. Se conseguirmos seguir na Superliga B, já está de bom tamanho. Temos que ir com calma e dar um passo de cada vez", reforça. 
 

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