Pensando à frente

Pedro Moska sobre novo rumo no vôlei: 'não poderia dizer não ao Sada'

Treinador foi chamado de maluco quando deixou time da elite para treinar Sada Tambasa Argos, na Superliga C, confiando no projeto que lhe foi apresentado

Por Daniel Ottoni
Publicado em 15 de novembro de 2021 | 05:00
 
 
 
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A proposta recebida por Pedro Moska para ser o novo treinador do Sada Tambasa Argos lhe pareceu como algo que deveria ser aceito de forma imediata. Mesmo sabendo que deixaria o Azulim Gabarito Uberlândia, da Superliga A masculina, para treinar um time feminino da Superliga C, ele foi atraído pelo potencial e ambição do projeto, que visa crescer a cada temporada antes de chegar na elite do vôlei feminino brasileiro em poucos anos. Antes de deixar Uberlândia, ele fez questão de conversar com o elenco, levando todos os jogadores para jantar em uma churrascaria, por sua conta, para deixar tudo esclarecido e bem definido. 

O treinador chegou ao time às vésperas do torneio da terceira divisão e deu sua dose de contribuição para a classificação para a Superliga B, que tem previsão de começar em janeiro, classificando dois times para a elite na próxima temporada.

Naturalmente que o tempo curto à frente do Uberlândia (havia chegado ao time há apenas quatro meses) pesou na sua decisão, que teve o nome Sada como o diferencial para fazer sua escolha. "Foi algo inédito e surpreendente na minha carreira receber uma proposta depois de ter começado um outro trabalho em curto espaço de tempo. Muita gente achou que eu era maluco de trocar a Superliga A pela C. Mas eu pensei mais à frente, o projeto quer estar na elite e ser tão bom quanto o masculino. Isso me seduziu, além da estrutura. Confiei em um projeto de longo prazo. Não podia dizer não para um projeto com o nome e tamanho do Sada. Se não fosse eu, seria outra. Eu estaria perdendo uma grande oportunidade", conta Moska. Na última temporada, ele esteve à frente do time de Curitiba na Superliga A feminina.

Assim que chegou ao Sada Tambasa Argos, Moska se deparou com um jovem elenco, que chamou sua atenção pela maturidade, mesmo com uma longa trajetória por vir.

"Fiquei impressionado como algumas já possuem condições de entrar em um jogo profissional pra começar a sentir a pressão. Claro que são muito novas mas mostram um grande potencial. Algumas delas fizeram exatamente o que combinamos no vestiário. Isso mostra um entendimento tático avançado para a idade delas, mérito também do treinador anterior, o Gabriel Rodrigues, ao lado da sua comissão técnica. Elas não estão prontas mas já possuem um entendimento muito interessante", pontua o treinador.

Para a Superliga B, prevista para janeiro, Pedro Moska espera poder contar com reforços para montar um grupo mais experiente, uma vez que o elenco vencedor da Superliga C contava com atletas de até 18 anos, que superaram adversárias mais rodadas. A meta é, no mínimo, se manter na segunda divisão.

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