Foi suado, com boa dose de emoção e apreensão, como manda uma boa final, antes da torcida azul soltar, pela sétima vez, o grito de 'é campeão' da Superliga masculina de vôlei.
O Sada Cruzeiro, depois de quatro anos, volta a ocupar o lugar mais alto do principal torneio do país, desbancando na grande decisão o arquirrival Fiat Gerdau Minas, que valorizou a mais nova conquista celeste. O ginásio Sabiazinho, em Uberlândia, foi o palco, neste domingo, da mais nova conquista azul estrelada, que veio por 3 a 0 (25/20, 36/34 e 25/20)
A temporada 2021/2022 do Sada Cruzeiro se encerra com o quinto título em seis torneios disputados, faltando somente a Copa Brasil para uma temporada perfeita, logo no primeiro ano de trabalho do técnico Filipe Ferraz.
No momento de maior decisão, o time celeste mostrou sua costumeira força, aliada a agressividade e intensidade, para não permitir que o rival levasse a taça, que chega a 15 anos de hiato no lado da Rua da Bahia.
Quando o momento de tudo ou nada chegou, o elenco azul ratificou sua condição de jogar no seu melhor nível para não decepcionar as pretensões dos seus milhões de torcedores.
O roteiro do título teve altos e baixos e a definição somente no terceiro e último jogo da decisão. Quando mais era necessária uma postura firme e contundente, o Cruzeiro não decepcionou. Conseguiu colocar o Minas ‘na parede’ desde o começo, pressionando o adversário e tendo a vantagem no placar nas suas mãos em boa parte do confronto. O ponto de virada para o título talvez tenha sido no segundo set, quando o Minas desperdiçou set points em parcial finalizada com um emocionante 36/34.
A conquista que veio neste Dia das Mães poderia muito bem ter sido confirmada na semana anterior. A falta de tranquilidade pra 'matar' o jogo virou castigo com a virada do Minas, que forçou o jogo 3. Apesar da pressão em que se colocou, após ter 13 a 10 no tie-break da partida anterior, quando sofreu uma dura derrota na reta final, o Cruzeiro mostrou, mais uma vez, como consegue jogar firme e de forma eficiente em momentos de grande decisão, quando pequenos erros podem fazer uma grande diferença.
Do começo ao fim, a postura celeste foi a exigida por uma grande decisão, aliada ao volume de jogo, acreditando em todas as bolas e sabendo controlar os momentos favoráveis do adversário.
O apoio da torcida, mesmo longe de casa, voltou a ser fundamental. Os representantes azuis das arquibancadas não decepcionaram para compensar, na voz, a falta de instrumentos de percussão, autorizados somente a torcida minastenista.