Histórica

Vôlei: Sheilla se prepara para as beiradas das quadras após carreira irretocável

Bicampeã olímpica dentro das quatro linhas, agora participa de programas de transição de carreira com a seleção brasileira e com o Minas

Por Débora Elisa
Publicado em 06 de agosto de 2022 | 04:50
 
 
 
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Dentro das quadras, a oposta Sheilla teve carreira praticamente irretocável. Bicampeã olímpica com a seleção brasileira, heptacampeã do extinto Grand Prix e mais sete títulos do Sul-Americano, além de incontáveis troféus pelas categorias de base do Brasil.

Defendendo clubes nacionais, ganhou a Superliga duas vezes, uma com o Minas, e foi campeã mundial com o Osasco, protagonizando a única vez que um time brasileiro, no feminino, subiu ao lugar mais alto do pódio em mundiais. Agora, a oposta, considerada como uma das melhores jogadoras da história do vôlei, se prepara para assumir um papel diferente no esporte após sua aposentadoria das quadras.

Desde o início desta semana, a ex-atleta está em Saquarema, no Centro de Desenvolvimento do Voleibol, acompanhando - de perto - os treinos da seleção brasileira de vôlei. Na sexta-feira (5), a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou que a presença de Sheilla faz parte do Programa de Vivência Profissional, que auxilia profissionais do esporte e ex-atletas, como ela, na transição profissional para outros cargos, tanto em comissões técnias quanto em gestão esportiva, por exemplo.

Assim como fez no Minas, a oposta vem, aos poucos, se preparando para um futuro na beira das quadras. No início da última temporada, fez parte de programa semelhante no clube minastenista, no qual foi embaixadora do Programa Trainee Técnico-Gerencial Minas Tênis Clube e esteve como auxiliar técnica de Nicola Negro, na equipe feminina de vôlei - o Gerdau Minas - que foi campeã da Superliga em abril. Além disso, também realizou curso preparatório para treinadores da própria CBV em junho deste ano.

Com a seleção brasileira, vem aproveitando a oportunidade de acompanhar de perto o trabalho do tricampeão olímpico José Roberto Guimarães, que tem história com a seleção há quase duas décadas. Se eventualmente 'assumir a prancheta' em algum clube, Sheilla pode ser novamente pioneira, voltando a colocar uma mulher no comando de uma equipe na elite do vôlei.

Com tanta experiência dentro das quatro linhas, a oposta ainda não deu sinal de desacelerar após se despedir da carreira de atleta. Antes do Mundial, que começa no dia 23 de setembro, Sheilla e o elenco da seleção feminina terão cerca de dois meses de treinos em Saquarema antes de embarcarem em busca de um título inédito.

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