Depois da Itália (101.739), os países mais afetados na Europa pela pandemia de coronavírus são a Espanha (101.739) e a França (44.550). Montenegro, na divisa com Albânia, Bósnia-Herzegovina e Sérvia, decretou ontem quarentena e suspendeu voos internacionais, trens e serviços de ônibus. Último país do continente a detectar contaminação pelo coronavirus tem no turismo uma das molas de sua economia.

Montenegro registrou uma morte pela doença em 22 de março. Nesta segunda-feira (30), o governo decretou quarentena que durará das 9h às 17h nos dias úteis e das 13h às 5h nos finais de semana. Só poderão circular cidadãos que receberam permissões especiais; quem desobedecer a regra pode ser multado ou preso.

Montenegro é um país relativamente novo, foi integrante da antiga Iugoslávia e declarou independência da Sérvia em 2006.Nos últimos anos, tornou-se parada de cruzeiros que navegam pelos Balcãs e passagem de turistas que visitam a Croácia. 
O nome origina de uma expressão eslava, "crna gora", que significa montanha negra.

Outra versão é que os venezianos, que dominaram a região dos séculos  XIV e XV, que batizaram o lugar.

São cerca de 700 mil habitantes em 13.812 km², duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo, com 60% do território acima de 1.000 m de altitude, e muitos atrativos - resorts, praias, estações de esqui, cidades históricas, monastérios e mesquitas.

"É um país novo com um história muito antiga", define a guia Mirela.  A natureza é a força motora do turismo. O principal destino é a baía de Kotor, com suas quatro baías,  fiordes, ilhas e vilas medievais. O vilarejo de Kotor é a base para se conhecer a região.

Próximo dali, com acesso por barco, está Sveti Stefan, a ilha transformada em resort de luxo que já hospedou astros do cinema, como Sophia Loren. O país também abriga o cânion mais profundo da Europa, muitos palácios, monastérios e fortes otomanos e estações de esqui nos Alpes Dinários.