O vôlei com conhecimento e independência jornalística
O tabu incomoda.
A seleção brasileira jamais conquistou a VNL. O Brasil bateu 3 vezes na trave e soma 3 medalhas de prata em 6 edições da competição.
Pior.
E última vez que foi ao pódio foi justamente quando perdeu para a Itália, que ainda não era campeã olímpica, em 2022 na Turquia.
A campanha na fase de classificação empolga, credencia o Brasil a sonhar alto, mas não significa muita coisa na prática.
No ano passado, por exemplo, a seleção terminou líder invicta, passou pela fraca Tailândia nas quartas e caiu para o Japão na semifinal, ou seja, não garante nada.
O que vale é agora.
O Brasil de 2025 mudou 100% as centrais e a líbero, leia-se, quase metade do time.
A ausência de Ana Cristina poderia até pesar, mas Julia Bergmann está voando e em grande fase.
O ápice dela na seleção.
A xará Kudiess não pode jamais ser comparada com Thaísa, mas tem sido outra grata surpresa desde que voltou à seleção.
Gabi continua sendo a referência. Mas não confunda referência com definidora.
Não.
Definidora no caso é ou teria que ser nossa oposta.
Rosamaria? Tainara? Kisy?
Depende do que José Roberto Guimarães optar. E pelo que o técnico tem demonstrado, a escolha passa pelo adversário.
Segundo consta, o mesmo vale para Macris e Roberta.
A Alemanha, pouco badalada, é o primeiro obstáculo.
O Brasil não tem como fugir do status de favorito. E será assim se passar e encontrar Turquia ou Japão.
Não muda.
Aliás, só muda a configuração numa eventual decisão contra a Itália, dona do mundo.
As experiências recentes sugerem cautela e seriedade nos playoffs.
O peso é grande.
Não é simples.
O Brasil terá que apagar o passado recente, mostrar coragem, regularidade, personalidade e postura na definição para quebrar o indesejável tabu.