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Meritocracia é a arte de aproveitar as oportunidades de maneira preparada.

Na seleção feminina tem sido assim.

E isso não significa dizer que esse seja o cenário ideal, passa bem longe disso.  

Mas o Brasil, de José Roberto Guimarães, aprendeu a jogar dessa forma desde a Olimpíada de Paris.

Sem levantadoras e opostas titulares.

Macris, Roberta, Kisy, Rosamaria, Kisy e Tainara, essa mais distante, se alternam no interminável entre e sai do time.

A matemática da comissão técnica é simples: começa jogando a partida seguinte quem terminou como titular o último jogo, evidentemente, se os números tenham sido satisfatórios.

O critério parece justo e dentro das possibilidades, baseado no limite do grupo, tem funcionado e mantendo o Brasil pelo menos no pódio.

Para o jogo contra a França, exageradamente elogiada, o recomendável indicaria Roberta e Rosamaria, peças fundamentais na virada diante da República Dominicana, como titulares.

A meritocracia fala em igualdade de condições.

E nesse aspecto, as jogadoras não podem reclamar. No caso das levantadoras e opostas, as oportunidades são basicamente as mesmas. 

O problema é que nenhuma das envolvidas convence 100% respondendo a comissão técnica.

Mas há os dois lados da moeda.

Se por uma lado, levantadoras e opostas perdem para a inconstância, marca registrada desde Paris 2024, levantadoras e opostas respondem quando saem do banco.

É verdade que a matemática é um mundo de infinitas possibilidades.

E se o problema tem solução, então não há com que se preocupar.

Agora se o problema não tem solução, toda preocupação será em vão.

O lema no Brasil do Zé é: seja parte da solução e não do problema.