O vôlei com conhecimento e independência jornalística
Existem os fatos e diversas opiniões sobre os fatos.
Mas quando o patriotismo está em jogo, é assustadora a incapacidade do torcedor e parte da mídia de distinguir os fatos.
Uma coisa é torcer pela seleção e as jogadoras, algo natural, outra é não reconhecer a qualidade das adversárias.
A seleção do campeonato e a MVP raramente serão unanimidades.
Mas há uma distância enorme entre não concordar com um ou outro nome e desmerecer as premiadas.
Não cabe.
Opinião é uma coisa que cada um tem a sua.
E rede social não é fonte científica da verdade absoluta de nada.
É preciso entender que em qualquer competição pelo mundo afora, o mérito não é de quem faz mais pontos.
É sempre de quem vence.
Óbvio.
Números dizem muita coisa, mas não definem e nem eternizam nada.
O resultado é relativo ao ponto de vista.
Sempre foi assim.
Sempre será.
Por acaso alguma levantadora jogou mais que Alessia Orro, da Itália?
Não.
As pontas não estão bem representadas com Gabi e Ishikawa?
Sim.
E quem derrubou mais bolas que Melissa Vargas?
Ninguém.
Anna Danesi e Eda Erdem foram peças fundamentais nas campanhas da Itália, ouro, e Turquia, prata. E é bom que se diga que as centrais, refrescando a memória, bloqueiam, mas também atacam.
Ou não?
A líbero Monica De Gennaro é hors concours.
Há quem tenha sentido a falta de Miriam Sylla, Antropova, Wada e Julia Kudiess que não apareceram na premiação dos melhores.
Ganhar é mérito, mas perder nem sempre é demérito!!!
E cá entre nós: além de ser impossível agradar a todos, também é absolutamente desnecessário.