O vôlei com conhecimento e independência jornalística

O grupo do Brasil fez a diferença e evitou a primeira derrota da seleção na Olimpíada.

O técnico Renan Dal Zotto acertou quase todas as alterações que fez nos 5 sets. Só errou quando, inexplicavelmente, optou em começar com Isac no lugar de Maurício Souza. A Tunísia era café com leite, a Argentina não.

Renan deve ter aprendido a lição.

Não dá para cravar que com Maurício entre os titulares o resultado seria outro e que a Argentina não teria feito 2 a 0. Mas ficou claro que o central é decisivo, vide o bloqueio no fim do tie-break, e impõe respeito na rede.

Nada contra Isac, mas Maurício não pode ser banco.

Aliás, essa foi a diferença do jogo.

Quem veio do banco resolveu. Douglas, Maurício e Alan fizeram 15 pontos, contra 1 de Pereyra do outro lado.

Renan foi cirúrgico e não teve medo de tirar os medalhões. Até Bruno e sua conhecida imprecisão nas bolas de ponta, sentou merecidamente.

Leal, sem a confiança habitual, pegou no tranco no tie-break. Lucarelli o menos irregular e quem foi chamado do banco correspondeu.

Para variar, o bloqueio deixou a desejar. 9 pontos contra 11 da Argentina. A famosa e conhecida deficência.

A Argentina foi valente.

Teve o jogo nas mãos no quarto set. Era manter a vantagem quando abriu 15/9 e liquidar a fatura em 3 a 1.

A sensação é que o emocional e a parte física pesaram.

Só sensação.

Fato é que o competente Marcelo Mendez conseguiu fazer a Argentina jogar de igual para igual com o Brasil e quase fez história.