Dois jogos de semifinal, além dos dois de uma eventual final na Copa do Brasil. Dois jogos de semifinal mais a eventual final em jogo único da Libertadores. Somando tudo, sete jogos. Se tudo der certo, serão 630 minutos (mais acréscimos) que vão definir o sucesso da temporada do Atlético. E toda união de forças pra esses jogos pode fazer a diferença.

O Galo perdeu pro Palmeiras no último sábado, em Campinas. Resultado normal. Desde que foi eliminado nas copas, o time de Abel Ferreira ligou o modo “apelão” e ganhou todas na Série A. Vai ser difícil pro Botafogo sustentar essa liderança. Os paulistas foram melhores que a gente no Brinco de Ouro da Princesa e mereceram a vitória, mas um lance fez muitos atribuírem culpa a um personagem: Rubens.

O jovem lateral/meia vacilou no finalzinho do jogo e cometeu um pênalti infantil em Dudu. Raphael Veiga bateu bem e decretou o 2 a 1 para o Palmeiras no placar. Nas redes sociais, li alguns “hoje ficou claro por que o Rubens é reserva”. Será?

É justo tirar conclusões sobre um jogador com base em um erro? Foi o 21º jogo de Rubens na temporada. Na minha avaliação, foi bem nos outros 20. Um dia ruim define o cara? Você, meu amigo leitor, nunca teve um dia ruim no trabalho? Pois é.

Eu saio em defesa do Rubens agora pra sustentar que, nesta reta final de temporada, vamos precisar de todo mundo. Nosso elenco tem desequilíbrios, tem posições carentes e tem reservas (em vários setores do campo) que não têm o mesmo nível dos titulares, mas é com esse time que chegamos até aqui e com ele que vamos até o fim.

Já citei em outra coluna e cito mais uma vez: ganhamos a Libertadores em 2013 com Michal Macedo jogando a finalíssima. Os dois laterais direitos que estavam acima dele na hierarquia da posição estavam fora daquele jogo contra o Olimpia: Marcos Rocha suspenso e Carlos César lesionado. O plano C deu certo, Michel fez uma partida muito segura e fomos campeões.

Tenho restrições sobre alguns jogadores do atual elenco? Claro que sim. Até podemos falar sobre elas em dezembro e janeiro. Agora não. Não é hora de descartar ninguém. Falta tão pouco… O futebol ama seus roteiros de heróis improváveis. Já foi o Deyvinho nas quartas. Pode ser o Igor Gomes em uma das semis, o Cadu em outra… Futebol, gente. Tudo pode acontecer.

Hora de suspender (ou pelo menos amenizar) a corneta pra cima do Paulinho. De considerar que o erro do Rubens foi uma exceção (e foi, de fato). De jogar junto de Fausto Vera, Vargas, Palacios, Alisson e quem mais precisar.

Repito: se der tudo certo, faltam sete jogos. Pra gente fechar uma temporada que ainda pode ser brilhante, histórica. Pode dar certo, pode não dar. Mas eu garanto: unir forças aumenta nossas probabilidades.

Vamos, Galo! Saudações!