Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que prevê a meia-entrada em eventos públicos de cultura, esporte e lazer para portadores de doenças crônicas e graves. De acordo com o projeto, a ideia é que essas pessoas tenham acesso mais facilitado aos atrativos por terem doenças permanentes e que não têm cura, o que afeta negativamente a saúde e a funcionalidade do paciente.
Trata-se do projeto de Lei 5165/2016, de autoria do deputado Paulo Azi (DEM/BA). A proposta já foi aprovada pela Comissão de Cultura, cuja relatora foi a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP). O texto está agora com a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, cujo relator é o Dep. Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP).
Mas quais são as doenças consideradas crônicas?
Conforme o projeto, as doenças consideradas são as mesmas que hoje garantem auxílio-doença e aposentadoria por invalidez sem carência, e que estão listadas no Art. 151 da Lei 8.213/91, que diz sobre os planos de benefícios da Previdência Social.
E são elas:
- tuberculose ativa
- hanseníase
- alienação mental
- esclerose múltipla
- hepatopatia grave
- neoplasia maligna
- cegueira
- paralisia irreversível e incapacitante
- cardiopatia grave
- doença de Parkinson
- espondiloartrose anquilosante
- nefropatia grave
- estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante)
- síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids)
- contaminação por radiação
Atualmente, a Lei da Meia-Entrada concede o benefício a estudantes, idosos, pessoas com deficiência e jovens de 15 a 29 anos comprovadamente carentes.