O Brasil registrou, em 2024, uma redução de 5,4% nas mortes violentas intencionais, na comparação com o ano anterior. Ao todo, foram 44.127 casos, com uma taxa de 20,8 por 100 mil habitantes.
Considerando o período entre 2012 e 2024, a redução acumulada chega a 25%, com quedas registradas em todas as regiões do país.
Os dados fazem parte do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (24/7). O documento foi elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O texto lista uma série de fatores para a queda no índice, como a implementação de políticas públicas de segurança orientadas por evidências; mudanças demográficas; e políticas de controle de armas.
O Amapá viu as mortes violentas intencionais apresentarem redução de 30% em 2024, na comparação com o ano anterior. Foram 362 vítimas no ano passado, ante 519 em 2023. Apesar disso, o estado segue na dianteira da violência no Brasil, com 45 45,1 mortos por 100 mil habitantes.
Na outra ponta está São Paulo, que carrega a menor taxa do país, com 8,2 mortos por 100 mil habitantes, apesar de ter apresentado aumento nas mortes violentas.
O maior aumento relativo das taxas de mortes em 2024 ocorreu no Maranhão, com alta de 12,1% no indicador na comparação com 2023. O ano passado teve 30,4 mortos a cada grupo de 100 mil habitantes, ante 27,1 no ano retrasado. Minas Gerais teve alta de 5%.
Entre as regiões, o Nordeste guarda a maior taxa de mortes, com 33,8 mortos por 100 mil habitantes. Em seguida estão o Norte (27,7), o Centro-Oeste (19,5), o Sul (14,6) e o Sudeste (13,3).
O perfil de mortes violentas é majoritariamente masculino (91,1%), negro (79%) e jovem, considerando a faixa até os 29 anos (48,5%), embora essa proporção venha sendo reduzida, segundo o Anuário, seguindo a tendência de envelhecimento da população.
Confira o número de casos registrados em cada estado de alguns dos crimes mapeados pelo levantamento.