Coronavírus

Com isolamento social, Mandetta diz que já se percebe queda na ocupação de UTIs

Com menor circulação de pessoas, há menos acidentes nas estradas e casos de doenças cardiovasculares

Por Pedro Augusto Figueiredo
Publicado em 28 de março de 2020 | 17:16
 
 
 
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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, relatou que está havendo uma diminuição no nível de ocupação dos leitos de tratamento intensivo no Brasil em virtude da redução na circulação das pessoas.

De acordo com o ministro, o Brasil tem um número grande de leitos de UTI em razão do histórico do país relacionado ao trauma causados pelos acidentes nas estradas, doenças cardiovasculares e doenças degenerativas.

Ouça o que o professor da UFMG Gustavo Menezes disse ao podcast Tempo Hábil Entrevista sobre os desafios da primeira pandemia em tempos de redes sociais:

“Os leitos ocupados pelo trauma podem ser utilizados para outras situações. Em alguns lugares, a redução é de 30%, 40%, até 50% no nível de ocupação das unidades de tratamento intensivo”, disse o ministro.

Segundo Mandetta, esta é mais uma razão para diminuir o nível de circulação das pessoas.

“É um efeito secundário benéfico da redução da circulação. O primeiro é a diminuição da contaminação”, disse.

Equipamentos de proteção

Mandetta disse que é hora de ter racionalidade e “não nos movermos por impulso neste momento”. “Vamos nos mover pela ciência e pela parte técnica, por planejamento, pensando em todos os cenários”, disse Mandetta

De acordo com o ministro, o Brasil está tentando viabilizar uma compra grande de equipamentos de proteção individual como máscaras de proteção junto à China, mas está difícil conseguir comprar, diante da competição junto aos outros países do mundo, e também retirar os equipamentos do país asiático.

“Mais uma razão para gente ficar em casa parado até que a gente consiga colocar os equipamentos na mão dos profissionais de saúde. Se todo mundo sair ao mesmo tempo, vai faltar equipamentos”, disse o ministro.

“Ainda não dá pra você falar ‘libera todo mundo para sair’ porque não temos condições de chegar com o equipamento na hora que precisa”, completou.

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