O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota dirigida à sociedade onde expressa sua preocupação com a adoção de medidas para garantir o bem-estar individual e coletivo diante do risco do aumento de casos pela contaminação com o coronavírus (Covid-19).

No texto, a autarquia informa que tem participado das discussões promovidas pelo governo, tendo contribuído com a elaboração do plano de contingência para o atendimento de prováveis vítimas de coronavírus no Brasil.

O CFM alerta para responsabilidades que devem ser assumidas pelos gestores públicos, pelos médicos e pela população para superar a iminente epidemia de coronavírus. Dentre os pontos, destacados pelo Conselho está a importância da divulgação de informações de fontes confiáveis, disponíveis em sites do Ministério da Saúde, de secretarias de saúde dos Estados, de entidades de classe e de veículos da imprensa reconhecidos pela sua credibilidade.

Em nota, o CFM diz que “não devem ser repassadas notícias falsas, mesmo aquelas aparentemente cômicas e inofensivas. Nesse momento, o acesso à informação correta, impede pânico e confusão, o que ajuda a salvar vidas e proteger a saúde”.

Confira as orientações relacionadas ao coronavírus:

1) ÀS AUTORIDADES

• O poder público – nas suas três esferas de gestão (federal, estadual e municipal) - deve cuidar para que seus serviços de vigilância epidemiológica e sanitária possam cumprir sua missão em qualquer tempo com o objetivo de impedir ou, ao menos, retardar o aparecimento de novos casos de coronavírus (Covid-19) no país;

• Também cabe ao governo promover amplas campanhas de esclarecimento junto à população, mantendo-a bem informada e orientada sobre os procedimentos corretos a serem tomados, e providenciar infraestrutura para atendimento e tratamento de casos suspeitos e, eventualmente, confirmados;

• As autoridades sanitárias devem igualmente assegurar às equipes de saúde Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), assim como treinamento e material de apoio para o desenvolvimento de suas ações, como garantia de acesso a exames para diagnóstico, leitos (de internação e de UTI), medicamentos e outros insumos.

2) AOS MÉDICOS

• Os quase 500 mil médicos brasileiros, em suas diferentes atividades e nos diferentes níveis de atenção (básica, média e alta complexidade), têm a responsabilidade de atuarem no esforço contra a propagação da COVID 19.

• Os médicos devem esclarecer a população sobre o que precisa ser feito para prevenção e tratamento da COVID 19, ajudando a evitar o pânico na população e, se necessário, agindo rápido no encaminhamento de casos suspeitos para observação e tratamento. Esse esforço vale para atendimentos realizados tanto na rede pública quanto privada.

• Como agentes fundamentais ao atendimento da população, os médicos devem auxiliar o aperfeiçoamento das medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento da Covid-19, informando às autoridades competentes sobre a necessidade de ajustes em fluxos assistenciais ou de suprimento de exames, equipamentos, insumos, medicamentos ou mesmo de profissionais nas equipes de retaguarda, em caso de falta.

3) À POPULAÇÃO

• Todos os brasileiros devem estar atentos às orientações das autoridades sanitárias e colaborarem com o esforço de prevenção contra a Covid-19.

• Medidas simples, como as destacadas a seguir, precisam ser incorporadas à rotina das pessoas. Elas reduzem o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo a Covid-19. Entre as boas práticas, estão:

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização.

• Se não houver água e sabão, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.

• Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas.

• Evitar contato próximo com pessoas doentes.

• Ficar em casa quando estiver doente.

• Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.

• Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

No caso dos profissionais da saúde, recomenda-se:

• Usar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

• Na realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias (intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, etc.) deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.

• É também fundamental compartilhar informações de fontes confiáveis, disponíveis em sites do Ministério da Saúde, de Secretarias de Saúde, de entidades de médicas e de veículos da imprensa reconhecidos pela sua credibilidade.

• Não devem ser repassadas notícias falsas, mesmo aquelas aparentemente cômicas e inofensivas. Nesse momento, o acesso à informação correta, impede pânico e confusão, o que ajuda a salvar vidas e proteger a saúde.