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Golpe do intercâmbio: saiba como identificar fraudes e se proteger

Cuidados extras devem ser tomados após a decisão de trabalhar, estudar ou ter uma experiência no exterior

Por Nubya Oliveira
Publicado em 19 de outubro de 2022 | 14:05
 
 
 
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O sonho de trabalhar, estudar ou ter a experiência de viver no exterior faz parte da vida de muitos brasileiros. Fazer um intercâmbio, certamente, está presente na lista de desejos principalmente dos jovens. Porém, essa não é uma decisão simples e envolve muitos cuidados. Isso porque, alguns agenciadores mal intencionados podem aproveitar do momento de êxtase das pessoas para agir de má fé e causar prejuízos, como o conhecido “golpe do intercâmbio''.

Nesta semana, por exemplo, um caso ganhou repercussão nos noticiários nacionais. Familiares da mineira Letícia Maia, de 21 anos, denunciaram o desaparecimento da jovem que foi para os Estados Unidos, em 2019, em um programa chamado Au Pair, quando a pessoa vai para o país para trabalhar na casa de uma família. 

Os parentes descobriram que, ainda no Brasil, ela teria sido incentivada por a influenciadora Kate Torres a fazer o intercâmbio. Mas depois, a influencer fez Letícia desistir do programa, prometendo que ela ficaria famosa, milionária e conseguiria o green card (cidadania norte-americana), caso pagasse US$ 8 mil. Há a suspeita de que a jovem esteja envolvida em um esquema de tráfico humano para prostituição.

Para não cair em golpes e situações deste tipo, Thiara Meneses, sócia da CI Intercâmbio, dá as seguintes dicas: 

Pesquise

"É importante que, antes de se escolher a agência, a pessoa pesquise bastante, pegue referências da agência, do programa que ela quer fazer e busque informações em sites como o Reclame Aqui. Claro que a gente sabe que, atualmente, tudo na internet pode ser construído e validado como prova social fake. Porém é importante ver há quantos anos a agência está atuando no mercado, se é uma agência realmente renomada. Procure também saber se a agência tem sede própria no país pretendido. Não confie em agências novas que tenham poucas provas sociais".  

Busque referências

"Procure depoimentos de pessoas que já fizeram os programas. Hoje em dia, o que mais tem é pessoas que viajam por agências e criam seus próprios canais. Então na na própria internet, tem várias pessoas que publicam conteúdos diários, semanais e mensais sobre as realidades e vivências delas. Tudo isso é prova social. E o interessado consegue acompanhar a rotina da pessoa e saber a assistência que a agência entrega". 

Suspeite de pacotes completos 

"Tenha sempre suspeitas de programas que oferecem pacotes completos, porque o programa de intercâmbio sempre vai ter algumas coisas que o intercambista terá de comprar à parte. Então, esteja atento ao seguro saúde, por exemplo, e se o local escolhido realmente recebe o programa selecionado. Existem cidades muito pequenas e afastadas que não têm o tipo de programa de intercâmbio, mas aparecem nas pesquisas, com um valor mais barato. Fique atento a isso". 

Por conta própria 

"Caso o interessado opte por organizar o próprio intercâmbio, ele terá que redobrar a atenção. O intercambista deve buscar ainda mais prova social para saber se a agência realmente existe, se vai dar o suporte que ele precisa, se as partes envolvidas são devidamente licenciadas para não ter problema com visto, com a carta matrícula e validação do programa". 

 

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