Caso Henry Borel

Julgamento de caso Henry tem 'declaração de guerra' e reprimenda de juíza

Discussão entre advogados e reprimenda da juíza Elizabeth Machado Louro marcaram a sessão de depoimentos no julgamento dos acusados pela morte do menino Henry Borel

Por Camila Mattoso
Publicado em 14 de dezembro de 2021 | 19:55
 
 
 
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A discussão entre advogados e uma reprimenda da juíza Elizabeth Machado Louro marcaram na manhã desta terça-feira (14) a sessão de depoimentos no julgamento dos acusados pela morte do menino Henry Borel.

No depoimento do ex-deputado coronel Jairo, pai do réu, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o advogado Aílton Barros, assistente da acusação representando Leniel Borel, pai de Henry, disse que estava preparado "para a guerra".

"De antemão, deixo o senhor bem à vontade. Não tenho problema em relação à audição. O senhor pode falar alto, até porque ambos somos coronéis. Eu também sou coronel da Brigada Paraquedista, já na reserva, e atualmente advogado criminalista. Então não tenho nenhum problema de melindre e constrangimento. A gente está para a guerra", disse Barros antes de iniciar as perguntas.

"Estou reparando pelo tom", respondeu coronel Jairo, membro da reserva da Polícia Militar.

Após o início das perguntas de Barros, o advogado Thiago Minagé, que defende Monique Medeiros, mãe de Henry e também acusada pelo crime, questionou afirmações feitas pelo assistente de acusação. Os dois discutiram e foram repreendidos pela magistrada.

"Doutores, por favor. Pelo amor de Deus. Vocês são profissionais? Parece que não são. Os senhores já notaram que estão aparecendo pelas deficiências? Ninguém percebeu isso ainda não?", afirmou ela.

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