O laboratório Sanofi-Aventis decidiu suspender temporariamente a comercialização do medicamento Acomplia (rimonabanto) em todo o mundo, inclusive no Brasil. A medida foi tomada depois que a agência reguladora da Europa, a European Medicines Agency (EMEA), recomendou a retirada do remédio nos países da União Européia.
O anúncio do laboratório foi feito na noite de anteontem depois que agências de saúde alegaram que os riscos que o remédio oferece são maiores que seus benefícios. No ano passado, a FDA, órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos, rejeitou a droga depois de revisar estudos que indicavam risco de depressão, ansiedade e distúrbios de estresse.
A informação foi divulgada ontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deve divulgar uma posição oficial sobre o Acomplia na terça-feira. Os pacientes que fazem uso do remédio deverão consultar seus médicos para rever o tratamento e os profissionais não devem mais receitar o medicamento a seus pacientes, conforme orientação do próprio laboratório.
A Anvisa também orienta que os profissionais de saúde notifiquem à agência possíveis casos de reação adversa. O medicamento foi aprovado no Brasil como auxiliar para o tratamento de pacientes obesos ou com sobrepeso e fatores de risco associados. Segundo Antônio Roberto Chacra, chefe da disciplina de endocrinologia da Unifesp, o Acomplia sempre teve efeitos colaterais discutíveis. "Medicações devem sempre ajudar. Se houver qualquer risco, tem que suspender ."
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Informações no site da Sanofi-Aventiswww.sanofia-ventis.com | |
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O Acomplia era comercializado em 32 países, sendo 18 na Europa desde junho de 2006. No Brasil, o medicamento possuía registro desde abril de 2007. |
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