Crime.

Mãe finge ser filha e denuncia suspeito de pedofilia na web

Microempresária se passou pela menina durante quatro dias

Por Thuany Motta
Publicado em 03 de outubro de 2018 | 03:00
 
 
 
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Mãe de uma menina de 10 anos, a microempresária Tatiane Soriano, 32, fingiu ser a filha em conversas com um homem em uma famosa rede social. Segundo Tatiane, o suspeito – que seria do Ceará – pedia fotos da menina nua e trocava mensagens de cunho sexual. Ela chegou a aumentar a idade para 12 anos, mas isso não impediu que ele continuasse com as investidas. O caso foi registrado nesta terça-feira (2) na Delegacia da Mulher em Suzano, no estado de São Paulo.

Tatiane usou seu perfil no Facebook para divulgar o crime e alertar outras mães. Os “prints” das mensagens trocadas tiveram milhares de compartilhamentos. Na publicação, ela conta que se passou pela menina durante quatro dias na tentativa de conseguir provas contra o suposto abusador e denunciá-lo formalmente.

“Queria compartilhar com vocês, o que venho vivendo há uma semana com um pedófilo que tem pedindo nudes e fotos do seios e outras partes da minha filha que é uma criança. Estou me sentindo enojada, com ânsia, com medo, fiz boletim de ocorrência hoje na delegacia da mulher e não vou sossegar enquanto eu não ver esse crápula nojento na cadeia! Pedofilia é crime! E pedófilos não passaram jamais!”, disse ela na rede social.

Tatiane também divulgou vídeos do suspeito. Nas imagens, ele está sem camisa e se exibindo na câmera. As mensagens foram trocadas por meio de um aplicativo chinês muito usado pelo público infantil, no qual o suspeito tem cerca de 260 mil seguidores.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Silmara Marcelino, um inquérito deve ser instaurado na Delegacia da Mulher de Suzano. Caso fique comprovado que o suspeito abordou outras crianças ou que ele tenha ligação com alguma rede de pedofilia, a investigação poderá ficar com a Polícia Federal.

“O suspeito pode responder por crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, pois enviar mensagens de cunho pornográfico e pedir fotos de criança da forma como ele fez nos prints é crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, afirmou.

Segundo a delegada, como a ocorrência foi registrada nesta terça-feira, os investigadores ainda não tiveram tempo hábil para localizar o suspeito. (Com agências)

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