Saúde em risco

Metade das vacinas infantis não bate meta há cinco anos, diz Ministério da Saúde

Apesar de não haver avaliação em números oficiais, em todo o mundo é sentido o impacto da pandemia no comparecimento à vacinação

Por Folhapress
Publicado em 17 de outubro de 2020 | 20:19
 
 
 
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Entre as 15 vacinas do calendário infantil brasileiro, que inclui a imunização contra a poliomielite, metade não bate as metas desde 2015. Em 2018, apenas duas atingiram a cobertura esperada: a BCG, com 99,72% de imunização do público-alvo, e a vacina contra o rotavírus humano, com 91,33%. Para ambas, a meta é superar os 90%. Ano passado, nenhuma das 15 vacinas atingiu a meta.

Neste ano, até 2 de outubro de 2020, a taxa de imunização para a BCG chegou a 63,88%, e para o rotavírus, a 68,46%. A maior cobertura atingida foi da vacina pneumocócica, com taxa de 71,98%. Em 2019, chegou a 88,59% do público-alvo.

As informações foram divulgadas pela coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Francieli Fontana, durante a Jornada Nacional de Imunizações.

Apesar de ainda não existir uma avaliação real do impacto da pandemia de Covid-19 nas coberturas vacinais, a crise sanitária deve piorar ainda esse cenário, um fenômeno já sentido globalmente, segundo Fontana.

Os dados preliminares indicam que pelo menos metade do público que está indo aos postos tem alguma pendência na caderneta, segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. A campanha vai até o dia 30 de outubro.

 

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