O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta quarta-feira que não tem a intenção de deixar o governo neste momento. Segundo ele, uma eventual saída durante a pandemia do coronavírus ocorreria apenas por vontade do presidente Jair Bolsonaro ou por outros fatores.
"Na hora que acharem que eu não devo trabalhar, que o presidente achar, ou se eu estiver doente, ou quando eu achar que esse período todo tenha passado e eu possa não ser mais útil. Nesse momento de crise, vou trabalhar ao máximo, a equipe está empenhada, vamos trabalhar com critério técnico".
A especulação sobre uma eventual saída do ministro ganhou força após o pronunciamento dessa terça-feira do presidente Jair Bolsonaro, em que defendeu o fim do isolamento para a maioria dos brasileiros e pediu a "volta da normalidade" no país, contrariando orientações das autoridades de saúde – incluindo técnicos do Ministério da Saúde.
Quarentena
Mandetta também criticou as decisões dos Estados quanto à adoção de quarentena para evitar a propagação do novo coronavírus.
“Temos que melhorar esse negócio de quarentena, não ficou bom”, disse Mandetta, durante a divulgação do número de 57 mortos e 2.433 casos confirmados da Covid-19 no país. “A última quarentena foi em 1917. É normal, faz parte dessa situação, nós errarmos, calibrarmos e fazermos projeções um pouco fora e questionáveis por A, B ou C. A quarentena é um remédio extremamente amargo e duro”, completou.