Cabe na dieta?

No Dia do Bacon, descubra se ele faz mesmo tão mal à saúde

Nutricionista explica o que avaliar para aproveitar com responsabilidade


Publicado em 31 de agosto de 2023 | 12:09
 
 
 
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Nesta quinta-feira (31/08), é celebrado o Dia do Bacon. Só em Minas Gerais, segundo maior Estado consumidor, atrás de São Paulo, são consumidas 14,9 mil toneladas por ano. Parece muito, mas o consumo brasileiro está bem abaixo do mundial: a média de consumo no país é de 400 g por pessoa anualmente, enquanto a média mundial sobe para 6 kg, segundo dados replicados pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).

É possível comemorar o Dia do Bacon de forma saudável nos restaurantes indicados por O TEMPO ou ele é um vilão de qualquer dieta? Como é comum ouvir de profissionais da nutrição, a resposta é que depende. Mas há algumas dicas para aproveitar a carne com o máximo de saúde possível.

A primeira recomendação da nutricionista Victoria Caixeta é evitar o bacon geralmente vendido nos supermercados, que já vem embalado. “Tem muito conservante artificial e sódio, que são extremamente prejudiciais, principalmente à saúde do nosso intestino”, diz. Na lista de ingredientes de algumas opções no mercado, é possível encontrar aromatizantes artificiais e o conservante nitrito de sódio, por exemplo, que Caixeta explica que pode prejudicar a microbiota intestinal e abrir portas para doenças.

Por isso, ela recomenda bacons artesanais, geralmente encontrados em charcutarias, e não açougues. São opções mais “puras”, que não levam conservantes artificiais e que, por isso mesmo, têm validade mais curta. O bacon artesanal ainda tem, em geral, bastante gordura saturada, mas isso não é, por si só, um problema, explica Caixeta.

“A gordura do bacon, utilizada esporadicamente em uma dieta equilibrada, não seria tão prejudicial.  Há estudos que relacionam a gordura saturada a doenças cardíacas e infarto, mas também precisamos dela. O que causa problemas é o excesso”.

Mas o que pode ser considerado excessivo? Também depende. Em algumas dietas cetogênicas (com mais gordura e menos proteína) e low-carb (com baixo consumo de carboidrato), o bacon pode até ser ingerido diariamente. Desde que não seja acompanhado por ultraprocessados, associados ao câncer, e ainda mais gordura saturada ao longo do dia, por exemplo.

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