Pesquisa

O que o IBGE pergunta no Censo 2022? Confira os questionários completos

Pela primeira vez, IBGE terá perguntas específicas para líderes de comunidades indígenas e questões sobre quilombolas

Por Gabriel Rodrigues
Publicado em 01 de agosto de 2022 | 14:46
 
 
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O Censo 2022 começou nesta segunda-feira (1º) e a coleta de respostas em todas as casas do Brasil segue até o final de outubro. A pesquisa tem dois tipos de questionário: o básico, que demora cerca de cinco minutos para ser respondido, e o ampliado, com perguntas mais detalhadas, que leva 18 minutos para ser concluído.

A maior parte dos entrevistados responde à versão básica. Em cidades grandes, como Belo Horizonte, somente cerca de 5% dos entrevistados respondem ao questionário ampliado. Os domicílios que responderão a essa versão são escolhidos aleatoriamente pelo sistema do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) utilizado pelos recenseadores.

Todos os questionários utilizados no Censo 2022 estão disponíveis no site do IBGE para consulta. O básico pergunta quantas pessoas moravam no domicílio no dia 31 de julho de 2022, qual é a identificação étnico-racial dos moradores e o rendimento mensal do responsável pelo domicílio, por exemplo. Todas as informações são confidenciais e o próprio entrevistado pode assinalar as respostas sobre renda ou outras que considere delicadas, por exemplo, de forma que sequer o recenseador saiba a resposta. O questionário básico do Censo 2022 pode ser consultado na íntegra no link.

O questionário ampliado do Censo, por amostra, aprofunda as perguntas do básico e investiga, por exemplo, se a pessoa fez algum bico ou trabalho ocasional na última semana de julho. As perguntas também foram publicadas no site do IBGE, no link.

Uma novidade desta edição do Censo é um questionário específico para lideranças de comunidades indígenas, que repassarão informações como a presença de escola ou posto de saúde na comunidade, práticas de caça e que tipos de transporte os moradores utilizam para chegar a centros urbanos.

Pela primeira vez, o Censo também terá perguntas sobre comunidades quilombolas. "É uma demanda da própria sociedade, porque indígenas e quilombolas estão espalhados e têm os mesmos direitos de qualquer outra pessoa”, pontua a chefe da unidade estadual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Minas, Maria Antônia Esteves da Silva. Apenas o questionário ampliado perguntará sobre diagnóstico de autismo, questão incluída no Censo 2022, também inédita na história do levantamento. 

Além dos questionários, os recenseadores recolhem dados para o Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE), com georreferenciamento de todos os domicílios e estabelecimentos comerciais do país.  

Quem responde as perguntas do Censo 2022?

Os recenseadores abordarão pessoas de todos os domicílios brasileiros, mas apenas um morador precisa participar da pesquisa. Quem estiver em casa no momento da abordagem pode atender o recenseador e responder as perguntas na mesma hora. A preferência é que os entrevistados sejam maiores de 16 anos, mas é possível que adolescentes a partir dos 12 anos respondam. Cabe ao recenseador avaliar, em casos assim, se a pessoa tem condições de responder todo o questionário.

Os recenseadores que não encontrarem moradores no local precisam realizar pelo menos mais três tentativas, uma delas em um turno diferente das demais. Os profissionais podem abordar os domicílios a qualquer momento do dia e inclusive aos finais de semana.

Como reconhecer um recenseador do Censo 2022

A primeira característica são as roupas e o equipamento usados pelos recenseadores: colete e boné azul-marinho que têm a sigla do IBGE e “Censo 2020”. O ano grafado corresponde à previsão inicial para que a pesquisa fosse realizada. Haverá ainda um crachá com identificação do profissional, com nome completo, número da matrícula no instituto, número da carteira de identidade ou CPF e um QR code.

Para garantir que o recenseador é credenciado, basta escanear com o celular o código ou buscar os dados dele no portal do IBGE. Informações também podem ser conferidas pelo telefone 0800-721-8181. 

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