Sabe aquele colega que parece sempre muito prestativo, vive elogiando o chefe e direciona toda a atenção a uma única pessoa? Pode não ser só simpatia: pode ser bajulação estratégica. No episódio do Interessa, a psicóloga e gestora de carreiras Andiara Martins explicou como reconhecer esse perfil e os efeitos nocivos que ele gera dentro do ambiente corporativo.

Segundo Andiara, há três perfis que comumente são confundidos com o do puxa-saco: o generoso genuíno, o inseguro que busca aceitação e o estrategista - este último é o mais preocupante. “Ele manipula, teatraliza e, se encontra terreno fértil, sobe rápido na empresa. Mas não se sustenta por muito tempo. Em algum momento, as contradições aparecem”, afirma.

A bancada, comandada por Renata Zacaroni, com participação da jornalista Flaviane Paixão e da fotógrafa Mariela Guimarães, levantou ainda uma questão importante: será que todo mundo que elogia demais é bajulador? A resposta está no equilíbrio. “O generoso distribui atenção a todos. Já o bajulador é focado, repetitivo e pouco sutil. Com o tempo, o exagero salta aos olhos”.

O grande risco é quando o líder também é inseguro e embarca na bajulação sem perceber. Isso gera um ambiente desmotivador para quem realmente entrega resultados, mas não recebe reconhecimento. No final? Os bons profissionais vão embora - e a empresa perde mais do que imagina.