A motorista de aplicativo Cristina da Silva Bonfim, de 44 anos, denuncia que foi confundida com uma integrante da 'Quadrilha do Pix', grupo que aplica golpes, usando comprovantes de depósitos falsos, em estabelecimentos comerciais de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Imagens de câmeras de vigilância de uma loja de peças da cidade, alvo dos bandidos, registraram o momento em que a motorista de app efetuou a retirada da encomenda feita pelos criminosos. O vídeo circulou em grupos de mensagens e na mídia local.
Os materiais atrelavam a condutora profissional a organização criminosa. Contudo, a mulher se defende e alega que apenas retirou o embrulho após ser contactada, via aplicativo de viagens, por um contratante. O caso é investigado pela Polícia Civil.
De acordo com a motorista de aplicativo, ela ficou sabendo que estava sendo atribuída a organização criminosa, que realiza o 'Golpe do Pix' em estabelecimentos comerciais de Lagoa Santa, após ser alertada por um amigo.
O homem havia recebido as imagens das câmeras de vigilância da loja de peças da qual a mulher havia realizado, no dia 20 de setembro, sem saber a retirada de um embrulho a pedido do bando criminoso.
Cristina alega que foi usada pelos bandidos. Ela conta que foi contratada, via aplicativo de viagens, para retirar, em uma determinada loja, um pacote, que já havia sido pago, e levá-lo a um determinado endereço. O trabalho foi feito conforme negociado de modo online.
Contudo, após a retirada do material avaliado em R$ 1.260, o proprietário da loja percebeu que havia recebido um comprovante de pagamento falso e, por consequência, havia caído num golpe. A modalidade criminosa foi rapidamente atrelada a 'Quadrilha do Pix, que age, há tempos, em comércios da cidade.
A imagem de Cristina, por sua vez, também foi vinculada ao bando em grupos de mensagens e na imprensa local. Ao saber do mal - entendido e na tentativa de ter a própria honra restaurada a motorista de app procurou, no dia 25 de setembro, o auxílio das polícias Militar e Civil.
"Eu moro em Lagoa Santa e todos me conhecem. Os vídeos que me colocam como comparsa de criminosos foram amplamente divulgados na mídia local. Perdi diversos trabalhos por isso. Desde então, minha vida virou um inferno. A minha vida emocional está muito abalada. Fiz um boletim de ocorrência, contratei um advogado, tenho como provar que fui contratada para realizar a retirada do material. Já fiz de tudo para ter a minha honra resgatada. Agora, espero que esse mal-entendido seja resolvido e que a Justiça seja feita", disse emocionada Cristina da Silva.
O que diz a PCMG
Em nota a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que "apura o caso, com base nos fatos narrados pela mulher de 44 anos, em ocorrência registrada na última sexta-feira (25/9), em uma unidade da PCMG localizada em Lagoa Santa", destacou.