A queda de um elevador do 17º andar do prédio do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), no bairro Santo Agostinho, na manhã desta segunda-feira (2 de dezembro), é o segundo que ocorre na instituição em menos de um semestre. Em 11 de julho, há cinco meses, outro equipamento de um dos prédios do órgão apresentou pane e prendeu oito servidores entre o andar térreo e o subsolo. À época, uma servidora teve a perna prensada e precisou passar por cirurgias. 

Ainda não há informações sobre as causas do acidente desta manhã. Segundo informações iniciais da Polícia Militar (PMMG), o equipamento passava por uma manutenção quando o acidente aconteceu. Um funcionário de manutenção, que é terceirizado, morreu com o impacto da queda do equipamento. 

Em julho, o TRF6 informou que "todos os elevadores do Tribunal passam por manutenção regular, possuem autorização de uso expedida por engenheiro qualificado e têm recebido melhorias constantes ao longo dos anos”. 

Expediente suspenso

Um funcionário da Justiça Federal contou à reportagem de O TEMPO que, após o acidente, o expediente presencial está suspenso nos três prédios do órgão por tempo indeterminado. 

Há cinco meses, servidora passou por duas cirurgias

A administração do prédio Antônio Fernando Pinheiro, da Justiça Federal, informou que a servidora de 40 anos ferida em julho passou, logo após o incidente, ppassou por uma cirurgia de estabilização e alinhamento da fratura. Em condição de saúde estável e recuperando-se da lesão, ela foi transferida para a segunda parte do tratamento no dia seguinte. 

Os demais trabalhadores que estavam no elevador receberam suporte psicológico, “garantindo o acompanhamento necessário para lidar com o trauma causado”, disse a administração à época. 

O que diz a Justiça Federal?

"Na manhã do dia 2 de dezembro, por volta das 10 horas, o técnico Aldemir Rodrigues de Souza, terceirizado, sofreu um acidente fatal enquanto realizava a manutenção regular de um dos elevadores do Edifício Oscar Dias Corrêa, um dos prédios do TRF6, localizado na Rua Santos Barreto, 161, Bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte. O elevador central despencou da casa de força, situada no 17º andar, até o fosso, resultando em morte instantânea do técnico.

A empresa terceirizada, responsável pela manutenção técnica dos equipamentos, vinha realizando um trabalhando de modernização dos mesmos, sendo que em 03 elevadores o processo estava concluído, faltando apenas o que caiu.

O Tribunal esclarece que a manutenção técnica dos elevadores é mantida rigorosamente em dia. Além disso, manifesta solidariedade à família de Aldemir e está prestando todo o apoio necessário.

Como medida de segurança, o TRF6 determinou que todos os servidores, colaboradores terceirizados e estagiários que trabalham no prédio, permaneçam em teletrabalho pelo período de uma semana."