Está aberta a temporada das festas juninas. Em Belo Horizonte, festejos juninos descentralizados, organizados pela prefeitura, serão realizados em diversas regiões da cidade (veja a programação aqui). Neste sábado (1), abrindo a programação, a festividade acontece no Centro Cultural Pampulha (CCP), no bairro Urca, até 19 horas. Além de comidas típicas e brincadeiras, o evento contará com participação da Quadrilha Feijão Queimado, que foi criada no próprio bairro.

O casal de professores Mariana Souza e Matheus Vaz, ambos de 38 anos, pais de João, de cinco, sairám do bairro Padre Eustáquio, na região Oeste, para conhecer a festa do CCP. "A gente adora festa junina. Desde que eu era criança, eu vou em todas. Desde que terminou a pandemia, estamos apresentando o João às festas. A gente adora as festas juninas que são em igreja, em centro cultural", contou Mariana.

Mariana Souza, Matheus Vaz e João

 

O garçom Thales Liberato, de 26 anos, e a esposa, a recepcionista Raquel Martins, de 22 anos, levaram a filha, Jully, de dois anos, para curtir o arraial. Ela foi vestida a caráter. O casal mora no bairro Serrano, na região Noroeste. "É sempre bom a gente lembrar da diversão, de ser criança, de aproveitar, brincar, de tudo ser colorido e diferente. E, claro, lembrar um pouquinho do nosso interior, da roça, dessa sensação gostosa de comida, de estar acolhido".

Thales Liberato, Raquel Martins e Jully

 

A babá Perciliana de Barros, de 32 anos, levou os quatro sobrinhos para a festa. "O evento é muito bacana. É muito bom para as crianças e para todos nós. A festa junina é muito bonita, folclórica. Faz parte da cultura da gente", disse. 

Perciliana e os sobrinhos Gustavo (6 anos), Sofia (4), Ana Luisa (8) e Adna (8)

 

A vendedora Glória Mary, de 51 anos, uniu as gerações para acompanhar o arraial: a mãe dela, Marli Mary, de 84 anos, e a filha, Ana Clara. "É muito importante ela conhecer. E é uma diversão, também", contou Glória.

Marli Mary (avó), Glória Mary (mãe) e Ana Clara (neta)

 

A coordenadora do Centro Cultural Pampulha, Ana Carolina Maranhoto, celebrou a realização do evento, que é feito todo ano. "Tem tudo a ver acontecer a festa junina em um bairro onde nasceu uma quadrilha que disputa o Arraiá de Belo Horizonte. Teremos o Balé Junino, uma dupla sertaneja, e a Feijão Queimado. Ao todo, serão umas 30 crianças participando", disse.

Feijão Queimado

Fundado em 1980, o Núcleo Mineiro de Cultura Feijão Queimado é um dos mais tradicionais e premiados grupos de quadrilha junina de Minas. O grupo foi criado por Lucia Helena Coelho, de 63 anos, no bairro Urca. Neste sábado, cerca de 28 pessoas do núcleo se apresentarão no Arraiá do CCP, que está programado para ser encerrado às 19 horas.

Lúcia Helena e a filha, Luciane

 

"Feijão Queimado surgiu na rua onde moro, aqui na Urca, como festa de aniversário da minha filha, Luciane. Depois virou uma quadrilha, hoje com 13 primeiros lugares no Arraiá de Belô, fora outros prêmios, do jornal Pampulha, muita coisa", contou.