O empresário Rodrigo Rodrigues Andrade Chiatti, de 32 anos, virou réu por homicídio após acidente na avenida Barão Homem de Melo, em Belo Horizonte, em dezembro do ano passado. Ele dirigia uma Porsche 911 Carrera, avaliada em mais de R$ 700 mil, a 250km/h. O amigo do empresário morreu na hora do acidente após ser arremessado por 15 metros com o impacto da batida. Ele foi solto no final do ano.
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e aceita pelo juiz Roberto Oliveira Araujo Silva no último dia 17 de junho. A Porsche 911 Carrera, modelo 2017, avaliada em mais de R$ 700 mil, ficou despedaçada. No processo, o empresário alegou ser “hipossuficiente”, ou seja, não ter condições financeiras para arcar com os custos de um advogado.
Quando ocorre essa declaração, o acusado é assistido por um defensor público custeado pelo Estado. Foi aberto um prazo de 20 dias para um defensor para apresentar as respostas ao pedido. O Ministério Público pode apresentar contestações em relação à hipossuficiência.
A denúncia apresentada pelo promotor Francisco Santiago aponta que o empresário “após ter ingerido bebida alcoólica, conduziu a Porsche 911 Carrera em alta velocidade, sem habilitação para dirigir, assumindo o risco de produzir a morte de transeuntes, quando perdeu o controle do automóvel e veio a colidir contra um poste de energia e uma árvore, instante em que lançou o corpo do passageiro para fora do veículo”. A perícia apontou que o amigo do motorista sofreu afundamento do crânio, politraumatismo e fraturas.
O promotor pede, além da condenação por homicídio doloso, quando se assume a intenção de matar, que o réu pague uma indenização a familiares da vítima como reparação patrimonial e extrapatrimonial. A denúncia, entretanto, exclui os pedidos de condenação por dirigir embriagado e sem CNH.
A reportagem tentou contato com o advogado do empresário à época, mas não teve retorno.