Minas Gerais tem seis Unidades de Conservação (UCs) em chamas simultaneamente nesta quinta-feira (22 de agosto). Equipes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado estão mobilizadas em incêndios florestais em parques, monumentos e grutas das regiões Central, Zona da Mata, Sul de Minas e região metropolitana de Belo Horizonte. O cenário crítico é renovado, dia após dia, assim como o alerta de “perigo” para tempo seco emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Cerca de metade do Estado – 442 cidades – está com índices de umidade relativa do ar entre 20% e 12%, o que é similar ao chamado “clima de deserto”. Estão entre esses mesmos municípios as Unidades de Conservação que sofrem com o avanço do fogo em Minas. “Risco de incêndios florestais e à saúde. Ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz”, alerta o Inmet. De fato, o tempo seco favorece a propagação das chamas, que ameaçam a fauna e a flora das áreas protegidas.
Cenário de destruição
O cálculo da destruição causada pelos incêndios é, segundo o Corpo de Bombeiros, realizado sempre após o fim dos focos do fogo. Por isso, ainda não é possível mensurar o tamanho da área degradada em todo o Estado pelos incêndios florestais. Mas a prospecção é de que o número de hectares queimados seja correspondente ao tamanho de vilarejos inteiros.
Para se ter uma ideia, no Parque Nacional da Serra do Cipó, na região Central, onde o fogo foi controlado nessa quarta (21), quatro dias de chamas resultaram em 8.500 hectares destruídos – o que corresponde a 25% da cidade de Belo Horizonte, que tem cerca de 33 mil hectares.
Unidades de Conservação em chamas, conforme o Corpo de Bombeiros:
- Monumento Natural Itatiaia (Ouro Preto)
- Parque Estadual Serra do Brigadeiro (Araponga)
- Monumento Natural Serra da Moeda (Moeda)
- Parque Estadual Serra do Papagaio (Baependi)
- Gruta Rei do Mato (Sete Lagoas)
- Parque Estadual Itacolomi (Ouro Branco)
Rastro do fogo no Estado
- Monumento Natural Serra da Moeda, região Central de Minas: quarto dia de incêndio consecutivo.
Efetivo empenhado: 16 militares, 19 brigadistas e 2 funcionários do IEF
Viaturas e veículos: 3 viaturas do Corpo de Bombeiros, caminhão pipa; caminhonete IEFApoio aéreo:
Aeronave da PM realizou transporte de militares e brigadistas a campo. - Parque Estadual Itacolomi, região Central de Minas: segundo dia de incêndio consecutivo.
Efetivo empenhado: 6 militares, 14 funcionários do IEF
Os bombeiros atuam em três frentes do incêndio: área do Baú; área do Pico Itacolomi; combate de focos dentro da UC. Dentro da Unidade: Pedra do Porco, Sertão e Baú. - Parque Estadual Serra do Brigadeiro, na Zona da Mata: terceiro dia de incêndio consecutivo.
Efetivo empenhado: 21 militares e 11 brigadistas
Viaturas e veículos: quatro viaturas, quatro veículos do IEF, e uma aeronave
Ações nesta quinta-feira: - Continuidade do combate aos focos na trilha do cantagalo.
- Monitoramento dos focos no Jacutinga.
- Equipes CBMMG em campo com apoio da aeronave da PMMG.
- Quatro equipes CBMMG em duas frentes de trabalho.
- Duas equipes da brigada do IEF atuando por terra.
- São aguardadas mais duas equipes da brigada para atuarem por terra (oito brigadistas previstos). - Gruta Rei do Mato, na Grande BH: segundo dia de incêndio consecutivo.
Efetivo empenhado: cinco bombeiros, seis brigadistas
Viaturas e veículos: três viaturas, um veículo 4x4 e um fiat Uno dos Bombeiros; um veículo 4X4 com motobomba e um Polo Hatch da brigada
Ações nesta quinta-feira: o Comandante da operação e a guarnição chegaram ao local por volta das 06h e realizam o reconhecimento do local por terra.
- Foram constatados alguns pequenos focos próximo à rodovia BR-040, bem como da MG-238.
- Uma equipe de cinco brigadistas atua no combate dos focos próximos à BR-040;
- O restante está combatendo os focos próximos da MG-238.