Está marcada para as 15h30 desta sexta-feira (9 de agosto) a audiência de custódia do homem de 27 anos que confessou ter matado a ex-namorada Vitória Alves Silva, de 22 anos, na avenida Antônio Carlos, em Belo Horizonte. O assassinato ocorreu no dia em que a Lei Maria da Penha, considerada um marco na defesa das mulheres, completou 18 anos.

Na audiência, o Judiciário definirá se o regime de detenção em flagrante do suspeito será convertido para prisão preventiva. O homem confessou o crime para os policiais e disse que a motivação está relacionada à insatisfação dele com o término do relacionamento entre o casal, que ficou junto por cerca de 3 anos. O homem foi preso depois do crime, após uma tentativa de fuga.

No mesmo dia da audiência de custódia, ocorrerá o sepultamento de Vitória Alves. A cerimônia de despedida está marcada para começar às 6h no cemitério Belo Vale, em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte.

Dor e perplexidade

Em entrevista à FM O TEMPO, o pai de Vitória Alves, Renato Xisto, falou sobre a dor de perder a filha. “Estou perplexo que uma pessoa dessas [em referência ao ex-namorado] tenha entrado na nossa casa. A Vitória foi criada com um zelo extraordinário”, lamenta. Segundo ele, a jovem havia terminado o relacionamento no último domingo (4 de agosto).

O suspeito agiu passivamente no momento em que Vitória terminou o relacionamento. No entanto, Xisto afirma que percebia comportamentos do suspeito que ele recriminava. “Como pai, sabia que ele não era para ela, falei várias vezes. Mas nós, pais, precisamos respeitar o livre-arbítrio. Ele se comportava de maneira grosseira com a minha filha, lançava olhares que coagiam. Ela queria se expressar e ele a reprimia”, conta.

A jovem foi morta logo após sair do trabalho. Ela pegaria um transporte público para chegar em casa, mas jamais voltou para a residência. A família ficou assustada ao ver que a vítima não retornava do serviço, acionou a polícia e foi informada sobre o crime.