Em meio à onda de calor e ao tempo seco, Brumadinho, na região metropolitana, registrou uma chuva rápida e isolada na tarde desta sexta-feira (6). O fenômeno, no entanto, não muda o cenário na Grande BH, que seguirá com altas temperaturas e sem chuva significativa, pelo menos na primeira quinzena de setembro, explica o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão federal que monitora o tempo no Brasil.
Em consulta ao Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) na noite desta sexta-feira, não constava nenhuma chuva superior a 1 milímetro na região metropolitana de Belo Horizonte nos últimos 90 dias. Ao longo da próxima semana, a chance de chuva significativa está praticamente descartada em todo o Estado.
Conforme o meteorologista Ruibran dos Reis, a chuva isolada está associada à passagem de uma frente fria no Rio de Janeiro, que pode ter deslocado algumas nuvens para Minas Gerais. Ele, no entanto, reforça: “Estamos falando de uma queda d'água de menos de cinco minutos. Não muda o tempo seco”, explica.
Calor em BH
Belo Horizonte registrou nesta semana os dois dias mais quentes do ano. Na terça-feira (3) e na quinta-feira (5), os termômetros atingiram 34,4ºC. Nesta sexta-feira, a máxima foi de 32,4ºC. No fim de semana, o calor seguirá, assim como o tempo seco.
No sábado (7) e no domingo (8), a temperatura máxima é estimada em 33ºC, segundo a Defesa Civil de Belo Horizonte. A mínima deve ficar na casa dos 15ºC, o que indica grande amplitude térmica; ou seja, diferença entre temperaturas máximas e mínimas.
O órgão municipal também alerta para a “umidade do ar extremamente baixa”, principalmente no domingo. O indicador pode chegar a 15% — patamar próximo ao registrado no deserto do Saara, no Norte da África. A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que valores abaixo de 60% são inadequados para a saúde humana.
Qualidade ruim do ar
A população que reside e que passa por Belo Horizonte tem respirado um ar com uma das piores qualidades do mundo. Na quarta-feira (4), a plataforma de monitoramento IQAir ranqueou a capital mineira entre as cidades com a maior poluição atmosférica, considerada “insalubre”, em todo o globo.
De 1h às 6h de quarta, os belo-horizontinos respiravam um ar comparável ao de Pequim, na China — um dos maiores centros industriais do planeta. Segundo especialistas, crianças, idosos e pessoas que vivem com doenças pulmonares são os mais afetados pelo tempo seco. Em casos de sensibilidade respiratória, o uso de máscaras volta a ser opção.