Os corpos das três vítimas da queda de um helicóptero modelo R44 em Cruzília, no Sul de Minas, na última segunda-feira (27), foram encaminhados ao Posto Médico-Legal (PML) de São Lourenço, onde passam por exames de necropsia e identificação. As vítimas são o piloto da aeronave, de 46 anos, e um casal: um homem de 39 anos e uma mulher de 37.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que realizou a perícia no local do acidente e já iniciou a investigação para apurar as causas e circunstâncias da queda. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) também enviou técnicos ao local.

Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, funcionários de uma fazenda viram a aeronave tentando pousar quando, de repente, o helicóptero R44 girou e bateu com a parte da frente no chão. 

Casal teria pedido para voar no helicóptero 

Antes do acidente, o helicóptero realizava serviço de pulverização em uma fazenda. Segundo o boletim de ocorrência, após a conclusão do trabalho, o casal pediu para "dar um passeio" e sobrevoar até uma propriedade vizinha.

O homem era gerente da fazenda, e a mulher, auxiliar administrativa no local. Uma funcionária relatou que o casal havia retornado de férias justamente naquela segunda-feira e combinado o passeio com o piloto. Ela contou aos policiais que ouviu um barulho muito alto e, ao sair do escritório, viu a aeronave em chamas nos fundos da pastagem.

Filho retirou corpo do pai de helicóptero caído para ‘não ficar mais carbonizado’

O acidente aéreo foi presenciado pelo filho do piloto, uma das vítimas. O jovem de 25 anos é sócio da empresa dona da aeronave que prestava serviço agrícola na fazenda. 

À Polícia Militar, o jovem disse que “escutou o barulho da aeronave atingindo o solo”. Ao perceber que o helicóptero começou a pegar fogo, foi até o pasto e retirou o corpo do pai “para evitar que ele também fosse carbonizado, como o dos ocupantes da parte traseira da aeronave”. 

Ele relatou que também retirou o corpo do gerente da fazenda, que fazia o passeio no helicóptero, por acreditar que ele ainda estava vivo. 

O que diz a Força Aérea Brasileira? 

Por meio de nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizados no Rio de Janeiro, foram acionados para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PR-TIB, em Cruzília.  

Durante a ação inicial, são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação.