Ainda à noite, era possível perceber os reflexos da chuva forte na Cidade Administrativa, que ocorreu na tarde desta quarta-feira (29 de janeiro). Poças d’água tomaram a área externa de convivência no térreo, enquanto o subsolo e o estacionamento ainda estavam dominados pela água. No estacionamento, há relatos de pessoas que ficaram ilhadas.
No local, a reportagem de O TEMPO ouviu relatos de quem viveu os momentos da chuva forte, que teria começado por volta das 16h. Um funcionário, que preferiu manter o anonimato, contou que a situação fez com que ele precisasse sair do trabalho duas horas após o expediente.
“Eu estava trabalhando, desci para resolver algumas pendências e vi parte do estacionamento alagado. Também havia alagamento do lado de fora. Algumas pessoas ficaram ilhadas na hora de acessar o estacionamento. Por causa disso, não consegui sair no meu horário”, relatou.
Outro trabalhador, também sem se identificar, contou que, quando os elevadores foram desligados, os agentes do Corpo de Bombeiros que trabalham na Cidade Administrativa precisaram ajudar alguns usuários a descer pelas escadas, devido a dificuldades de mobilidade.
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“Alguns são cadeirantes, e o prédio tem 14 andares. Os bombeiros foram lá, ajudaram. Para mim, não impactou tanto, mas para quem encerra o expediente às 16h, foi caótico”, explicou o homem, que revelou que os prédios frequentemente enfrentam problemas estruturais durante eventos severos.
“A sensação é de que o prédio não aguenta esses eventos severos, pois sempre há alguns contratempos quando eles acontecem”, opinou o servidor.
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O trabalhador que presenciou o estacionamento alagado admitiu que a estrutura do local poderia ser melhor. “Atualmente, não passa muita confiança, para te falar a verdade. Algumas pessoas, por exemplo, não pegam o elevador”, afirmou, relembrando o período em que os elevadores do local ficaram interditados.