A morte da jovem Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos, tem causada indignação à medida que novos detalhes são revelados pela investigação. A brutalidade do caso motivou coletivos feministas de Belo Horizonte a marcarem um ato neste sábado (15), na praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, às 10h, para pedir justiça.

Dois homens estão presos suspeitos de terem matado a jovem e concretado o corpo dela. Há suspeita de que o corpo tenha sido violado sexualmente, já que um dos indiciados revelou ter curiosidade em praticar necrofilia. Laudos estão sendo feitos para confirmar ou descartar o crime.

O caso

O corpo da jovem Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos, foi encontrado em uma casa do bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, no final da manhã de quarta-feira (12). A Polícia Militar foi acionada. Três pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no caso.

Segundo as informações, o concreto que teria sido usado para cobrir o corpo ainda estaria fresco. A Polícia Civil de Minas Gerais, que também foi acionada, informou que a jovem, natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, estava desaparecida desde o último domingo (9 de março).

O assassinato foi premeditado. A informação foi passada em coletiva de imprensa da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta quinta-feira (13 de março).

Conforme o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, a instituição trabalha com a hipótese de que uma das motivações do assassinato tenha sido o desejo de um dos suspeitos de praticar necrofilia, ou seja, ter relações sexuais com um cadáver. 

Fonseca afirmou que um dos suspeitos já havia demonstrado ter propensão para a prática de necrofilia. Além dessa motivação, outras situações teriam contribuído para o cometimento de crime. Um dos suspeitos seria simpatizante do nazismo e teria sido criticado em público por Clara, o que o teria feito ‘ficar com ódio’ dela. Além disso, ele teria tentado ter um relacionamento com a jovem, sem sucesso. O homem, ao vê-la com o namorado, teria ficado enciumado e decidido matar a vítima. Apesar de estar devendo R$ 400 à vítima, esse não teria sido o motivo principal para o assassinato, mas uma forma de atrai-la até a dupla.