Uma mulher de 29 anos foi presa em flagrante por receptação de produtos furtados neste domingo (11 de maio), no Aglomerado Ventosa, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Com ela, foram apreendidos cerca de 300 produtos de perfumaria, possivelmente furtados de uma unidade da Drogaria Araújo, localizada na Avenida Raja Gabaglia, no bairro Santa Lúcia, na madrugada de sexta-feira (9). 

O mesmo estabelecimento já havia sido alvo de criminosos em julho do ano passado. O crime, nos dois casos, teria sido cometido pela chamada “Gangue da marcha à ré” – assim conhecida por arrombar estabelecimentos com carros furtados, usando a marcha à ré.

Conforme o tenente Gonçalves, do 5° Batalhão da Polícia Militar, os produtos foram levados até a unidade da drogaria e confrontados com o sistema anti-furto do estabelecimento. Como ainda constavam como pertencentes à loja, ao serem levados para fora da unidade, os alarmes disparavam.

O militar conta que, ao ser questionada sobre a procedência dos itens, que custavam entre R$ 80 e R$ 200, a mulher disse tê-los comprado de um conhecido. “Mas ela não tinha mais informações sobre ele, como endereço. E, quando tentou ligar, não foi atendida”, comenta, acrescentando que o número de telefone indicado por ela não possuía foto de perfil atrelado à conta. 

A partir de uma série de evidências, a polícia já trabalhava com a hipótese de que a gangue agisse a partir do aglomerado Ventosa. “Cinco veículos furtados que participaram de arrombamentos foram encontrados abandonados na região”, menciona o tenente. Ele inteira que ao menos seis adolescentes envolvidos já foram identificados e seguem sendo monitorados. “Eles atuam no furto dos veículos e, depois, no arrombamento e furto das lojas”, detalha.

Também já era sabido que, após os crimes, os itens eram repassados para outras pessoas, que ficavam responsáveis pela revenda. A pena para o crime de receptação, conforme o artigo 180 do Código Penal, é de reclusão de 1 a 4 anos, além de multa.