A 26ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Belo Horizonte terá como tema “Envelhecer bem: direito às políticas públicas do bem viver, ao prazer e à cidade”. O evento será realizado em dois dias, 19 e 20 de julho, e reunirá atrações nacionais, como a cantora Linn da Quebrada e a DJ Má Rodrigues,  além de artistas locais. A expectativa é reunir cerca de 350 mil pessoas.

“Temos feitos estudos que apontaram que a nossa Parada tem um público mais velho, entre 28 e 35 anos, periférico, preto e de Minas Gerais. Então toda a nossa programação foi planejada para atender essas pessoas”, disse Maicon Chaves, presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (CELLOS/MG), organização responsável pelo evento em Belo Horizonte. 

O tema escolhido, segundo o presidente do CELLOS, é também uma forma de discutir as violências sofridas pela população LGBTQIA+ e a necessidade de políticas públicas. “Muitas gerações que nos antecederam conseguiram envelhecer por sorte. E nos queremos viver, mas com acesso aos espaços, as ações do poder público. Então esse tema é também uma forma de cobrar nossos direitos”, acrescentou.

A programação do evento inclui o festival Fuzuê, no sábado (19/7), a partir das 12h, no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no centro da capital. No domingo (20/7), das 14h as 20h, será realizada a tradicional Parada do Orgulho LTBQIA+, no cruzamento das avenidas Brasil e Afonso Pena, na região Centro-Sul. O custo total do evento é de cerca de R$ 1,3 milhão, recurso viabilizado junto à Prefeitura de Belo Horizonte, que destinou R$ 450 mil, e patrocinadores.

“É um prazer a prefeitura poder participar desse evento junto ao CELLOS. É algo que já está no calendário da cidade, um dos maiores eventos que a capital produz. E ver a Afonso Pena lotada ano após anos mostra que é um evento consolidado e que economicamente contribui para a cidade” destacou André Reis, secretário municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, André Reis.

Coletiva sobre a 26ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de BH foi realizada nesta terça-feira (15/7) - Foto: Rayllan Oliveira/ O TEMPO

Artistas locais

Conforme a organização, 48 artistas irão se apresentar nos dois dias de evento, a maior parte deles nascidos em Minas Gerais. O grupo foi selecionado por meio de um edital, que contou com a avaliação de uma comissão julgadora formada por artistas da comunidade LGBTQIA+.

“Buscamos representar os mais diversos ritmos e formas de identidade. Mas algo que temos orgulho de dizer é que 80% desses artistas são pretos, assim como o público da nossa Parada”, disse Gilbert Santos, diretor artístico do evento na capital mineira. 

O Festival Fuzuê e a Parada LGBTQIA+ também irão contar com espaços para pessoas com deficiência. Serão oferecidos espaços para pessoas com dificuldades de locomoção, intérpretes de libras e tampões para as pessoas com o transtorno do espectro autista (TEA). “Infelizmente não temos trios com elevadores, mas conseguimos dois trios grandes, que possibilitam uma maior facilidade de acesso”, acrescentou Santos.