Uma operação da Polícia Militar (PM) no Aglomerado da Serra, a maior favela de Belo Horizonte, localizada na região Centro-Sul da capital mineira, terminou com a morte de um homem que foi apontado como gerente do tráfico de drogas da gangue do Cokeiro (CK). O suspeito, conhecido como "Leleco", de 43 anos, tentou fugir da abordagem e teria sacado uma arma para os policiais. 

Segundo o registro policial, a operação do Tático Móvel do 22º Batalhão da PM tinha o objetivo de combater a criminalidade violenta na região conhecida como Cercadinho, área que é conhecida por ser ponto de intenso tráfico de drogas no aglomerado. 

Quando a viatura se aproximou da rua Bom Sucesso, se deparou com uma dupla que estava em uma motocicleta sem retrovisores, sendo que o condutor, que depois seria identificado como "Leleco", ainda conforme a PM, estaria sem capacete e com um volume na cintura.

Ao perceber que seriam abordados, os suspeitos teriam iniciado fuga e, após abandonarem a moto, o garupa, que estava com várias sacolas, desceu do veículo e conseguiu fugir a pé. Já o condutor, teria apontado uma arma para os policiais, momento em que os militares atiraram pela primeira vez. Apesar dos disparos, ele seguiu com a fuga por um beco, onde acabou caindo. 

Quando os policiais conseguiram alcancçar o suspeito, ele teria novamente apontado a arma para eles, sendo baleado por um dos agentes. Com o homem, foi apreendida uma pistola calibre 9 mm, carregada com 15 munições e equipada com mira laser e kit rajada. 

"Leleco" foi socorrido em uma viatura da PM para o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, onde chegou a ser atendido pelos médicos que, mais tarde, acabaram confirmando a sua morte. 

"Gerente" tinha fugido da cadeia 

Na unidade policial, os PMs identificaram que o suspeito baleado seria gerente do tráfico da organização do Cokeiro (CK) e que estaria foragido.

Com passagens por homicídios e porte ilegal de arma de fogo, "Leleco" tinha um mandado de prisão em aberto após fugir da unidade prisional onde estava cumprindo pena. Ele ainda tinha uma pena de 24 anos de prisão para ser cumprida.  

A perícia da Polícia Civil foi acionada e fez os levantamentos iniciais na cena do crime. A motocicleta usada pela dupla na fuga foi removida para o pátio. As armas dos policiais também foram apreendidas.

Drogas apreendidas

Após o tiroteio, um rapaz de 20 anos teria corrido em direção à viatura, ainda na versão da PM no registro policial. Ao ser abordado, com ele os policiais encontraram uma sacola plástica onde estavam 64 pinos de cocaína, sete buchas de maconha e R$ 267 em dinheiro. O rapaz ainda tinha um rádio comunicador com ele. 

Aos militares, o jovem confessou que estava no "plantão" da venda de drogas no local e que iria receber R$ 400 pelo "trabalho". Ele também relatou ter visto dois homens armados na motocicleta que acabou abandonada no local pelos suspeitos em fuga.